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Brasil encerra 2022 com quase 3,9 milhões de tentativas de fraude de identidade

Segundo estudo da Serasa Experian, os brasileiros sofreram quase 3,9 milhões (3.879.869) de tentativas de fraude de identidade em 2022, o que representa, em média, 1.506 tentativas por mês a cada um milhão de habitantes. O resultado do ano é o segundo maior de toda a série histórica, ficando atrás apenas de 2021, que marcou com o recorde de quase 4,2 milhões no ano (4.183.938). Veja no gráfico abaixo a série histórica anual:

"Encerramos 2022 com um resultado altamente expressivo no número de tentativas de fraude de identidade no Brasil, que representa uma tentativa a cada 8 segundos. É indispensável que as empresas invistam cada vez mais em soluções de autenticação e prevenção à fraude para combater a ação dos golpistas, evitando assim muitos prejuízos. A população brasileira também precisa desempenhar um papel de total atenção com seus dados pessoais, desconfiar de ofertas milagrosas, não clicar em links de sites desconhecidos para não facilitar a vida dos criminosos", diz o diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha.

No ranking estadual, o Distrito Federal liderou com média de 2.574 tentativas por mês a cada um milhão de habitantes. São Paulo, que foi o Estado com o maior número de tentativas em 2022 (1.191.275), apareceu em 2º lugar, com a média de 2.113 tentativas por mês a cada um milhão de habitantes. Além do Distrito Federal e São Paulo, outros sete Estados ficaram com resultados acima da média nacional.  

Na visão por idade, a população que possui entre 36 e 50 anos foi a que mais sofreu com tentativas de fraudes em 2022, com 1,4 milhão. Em segundo lugar, estão os consumidores de 26 a 35 anos, que sofreram com quase 1,1 milhão de tentativas. Depois apareceram: 51 a 60 anos (545 mil tentativas); até 25 anos (442 mil tentativas) e acima de 60 anos (424 mil tentativas). 

No recorte por setor, as tentativas de fraude em 2022 relacionadas com o segmento de Bancos e Cartões liderou, com mais de 2,1 milhões. Em segundo lugar, ficaram as Financeiras, com 682 mil tentativas, seguido pelo setor de Serviços, com 652 mil. Varejo apareceu em quarto lugar, com 305 mil pessoas que foram alvo e Telefonia em último lugar, com 89 mil. 

Consumidores:

• Desconfie de ofertas de produtos e serviços, como viagens, com preços muito abaixo do mercado. Nesses momentos, é comum que os cibercriminosos usem nomes de lojas conhecidas para tentar invadir o seu computador. Eles se valem de e-mails, SMS e réplicas de sites para tentar pegar informações e dados de cartão de crédito, senhas e informações pessoais do comprador;

• Atenção com links e arquivos compartilhados em grupos de mensagens de redes sociais. Eles podem ser maliciosos e direcionar para páginas não seguras, que contaminam os dispositivos com vírus para funcionarem sem que o usuário perceba;

• Cadastre suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como aplicativo bancário, Internet Banking ou agências;

• Não forneça senhas ou códigos de acesso fora do site do banco ou do aplicativo;

• Não faça transferências para amigos ou parentes sem confirmar por ligação ou pessoalmente que realmente se trata da pessoa em questão, pois o contato da pessoa pode ter sido clonado ou falsificado;

• Inclua suas informações pessoais e dados de cartão se tiver certeza de que se trata de um ambiente seguro;

• Monitore o seu CPF com frequência para garantir que não foi vítima de qualquer fraude do Pix.

Empresas:

• Com a aceleração da adoção de canais digitais na vida dos consumidores, as empresas estão cada vez mais investindo em novos métodos de detecção de fraudes e tecnologias cada vez mais sofisticadas ao longo da jornada do cliente, para que a segurança da operação não afete sua experiência integrada. A Serasa Experian, por exemplo, tem soluções modulares inteligentes e um time de especialistas em autenticação e prevenção à fraude que possibilitam oferecer uma experiência segura e sem atrito ao cliente final. Com combinação de dados, analytics e soluções automatizadas, as empresas podem expandir os negócios com segurança.

• Conte com plataformas de pagamento online. A empresa que deseja atuar de forma online, prestando serviços ou vendendo produtos, precisa ter a máxima atenção com os pagamentos. É preciso adotar uma sistemática que alie rapidez no processamento das transações à segurança;

• Faça a análise de compras mais caras. Outra prática que pode reduzir bastante o risco de fraude online é a análise das compras. Sempre que a empresa se deparar com um pedido de alto valor, por exemplo, é necessário dedicar uma atenção especial, verificando de forma mais detalhada o cliente e os dados informados. Uma forma de garantir a segurança desse tipo de transação é realizando um contato prévio por e-mail ou telefone para confirmar dados ou a própria compra. Embora esse tipo de avaliação possa tornar o processo de venda mais longo, ele é essencial para resguardar o seu negócio contra fraudes;

• Verifique cadastros. Contar com uma base de dados do cliente é essencial para reforçar a segurança de operações online. Nesse quesito, ter acesso a um cadastro atualizado dos consumidores, no qual é possível checar a veracidade das informações fornecidas no momento de uma compra, por exemplo, é outra estratégia para reduzir os riscos na hora de vender. A confirmação cadastral pode facilmente identificar tentativas de fraudes, sinalizando situações suspeitas, como divergências de dados do cliente com as que constam de outras bases de dados confiáveis;

• Consulte o perfil do seu cliente. Conhecer o cliente é, sem dúvida, uma das maneiras mais eficientes de se evitar fraudes online. Quando a empresa é capaz de avaliar o histórico do consumidor no mercado, status do seu CPF ou CNPJ, os seus hábitos e a existência de pendências em seu nome, por exemplo. Fica muito mais fácil e seguro avaliar os riscos de uma operação.

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