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13º salário: especialista dá dicas poupar e evitar gastos impulsivos

Com a chegada do fim do ano, o 13º salário surge como um alívio financeiro para milhões de brasileiros, trazendo oportunidades para reorganizar as finanças e planejar o próximo ano com mais tranquilidade. A primeira parcela deve ser paga até sexta-feira (29) e é essencial fazer escolhas conscientes para evitar que esse recurso extra se transforme em mais problemas financeiros.

 

Resende Neto, especialista em finanças, destaca que o 13º pode ser um grande aliado para quem deseja equilibrar as contas e começar 2025 com o pé direito. "Esse dinheiro é uma excelente oportunidade para quitar dívidas, construir uma reserva de emergência ou até mesmo investir em metas financeiras de longo prazo. A chave está no planejamento e em evitar gastos impulsivos", explica.

 

Priorizar a quitação de dívidas, especialmente as de juros altos, é uma das principais orientações de Resende. Ele explica que dívidas como cartão de crédito e cheque especial podem se tornar "uma maldição", consumindo grande parte do orçamento mensal. "Não há planejamento financeiro que resista a essas dívidas. Ao quitá-las, você melhora seu fluxo financeiro e cria condições para alcançar liberdade financeira no futuro", afirma. Ele também recomenda evitar o uso do 13º para gastos supérfluos, pois isso apenas adia o problema.

 

Além disso, Resende sugere um planejamento cuidadoso para o pagamento de despesas fixas do início do ano, como IPTU, IPVA e material escolar. "Esses custos não são surpresas; sabemos que chegam todo ano. Usar o 13º salário para antecipá-los pode evitar novos parcelamentos e juros desnecessários", aconselha.

 

Outra dica é renegociar dívidas antes de quitá-las. "Ao negociar diretamente com credores, muitas vezes é possível obter descontos significativos para pagamentos à vista. Isso potencializa o uso do 13º salário e reduz o impacto financeiro no orçamento", orienta Resende.

 

ERROS

 

Entre os erros mais frequentes, Resende aponta o consumo impulsivo, motivado por promoções e campanhas publicitárias, e o parcelamento excessivo. "Muitas pessoas gastam como se o 13º fosse um dinheiro extra ilimitado, sem pensar no impacto das parcelas nos meses seguintes. É essencial planejar e pagar à vista sempre que possível, já que os juros costumam estar embutidos nos preços parcelados", alerta.

 

Outro erro é destinar o 13º exclusivamente para consumo, sem considerar a possibilidade de investimento. "Embora o fim do ano seja um momento de confraternização, é importante reservar parte desse dinheiro para objetivos de longo prazo, como uma viagem, estudos ou até mesmo um plano de aposentadoria", ressalta.

Com dicas práticas e uma visão clara sobre as prioridades, o especialista conclui que "o 13º é uma ferramenta poderosa quando usado estrategicamente. Seja para quitar dívidas, poupar ou até mesmo investir, o importante é pensar no longo prazo e evitar decisões impulsivas."

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