Movimento nas lojas cresce com a compra de material escolar
Com o início do ano letivo se aproximando, o comércio de
Limeira tem registrado um aumento significativo no movimento de consumidores em
busca de material escolar. O pagamento dos salários de janeiro estimulou muitas
famílias a anteciparem as compras, mas a alta nos preços tem levado boa parte
dos clientes a pesquisar antes de fechar negócio.
Segundo levantamento do Instituto Locomotiva e
QuestionPro, as famílias brasileiras gastaram cerca de R$ 49,3 bilhões com
materiais escolares em 2024, um aumento de 43,7% nos últimos quatro anos. Esse
impacto financeiro atinge 85% das famílias com filhos em idade escolar, e uma
em cada três pretende parcelar as compras para se adaptar ao orçamento.
Em Limeira, o reflexo desse cenário é claro. O
comerciante Henri Oliveira, de uma loja de artigos em geral no centro, destacou
o crescimento no movimento nos últimos dias. "As vendas começaram a
melhorar, mas os clientes estão mais cautelosos. Muitos comparam preços antes
de fechar as compras. A alta nos custos tem pesado no bolso de todo
mundo", afirmou.
As famílias também estão sentindo o impacto. Maria
Fernanda Almeida, mãe de duas crianças em idade escolar, compartilhou sua
preocupação. "Estou pesquisando bastante antes de comprar. A diferença de
preço entre as lojas é grande, e com tudo subindo, cada economia faz diferença",
disse ela enquanto avaliava a lista de materiais.
A pesquisa mostrou que 90% das famílias com filhos em
escolas públicas e 96% com filhos em escolas privadas pretendem comprar os
itens necessários para 2025. Entre os itens mais buscados estão materiais
básicos solicitados pelas escolas (87%), uniformes (72%) e livros didáticos
(71%).
Os custos elevados também foram impulsionados por fatores
como a inflação, aumento nos custos de produção e alta do dólar, segundo a
Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares
(ABFIAE). Para 2025, a entidade estima um aumento de 5% a 9% nos preços de
materiais escolares. Mesmo com os desafios, a expectativa para os próximos dias
é de que o movimento nas lojas continue intenso, já que muitas famílias deixam
para realizar as compras mais perto do início das aulas.
O presidente-executivo da associação, Sidnei Bergamaschi, disse que a elevação nos preços é atribuída a uma combinação de fatores econômicos e logísticos, como a alta tributação, custos de produção e a valorização do dólar. “Os impostos são um componente importante no peço final do material escolar. Diversos produtos têm até 40% de impostos. Os itens que formam a cesta, quase metade do preço do produto final é imposto”, informou.
Para os lojistas, a chave está em oferecer boas condições
de pagamento e promoções que atraiam os consumidores.
“Temos feito de tudo para ajudar. Oferecemos desconto em
compras acima de um determinado valor e parcelamos em até seis vezes sem juros
no cartão. Assim conseguimos atender a todos e facilitar a vida das famílias”,
afirmou.
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