A partir de 1º de fevereiro, motoristas de todo o país enfrentarão um aumento nos preços da gasolina e do diesel nos postos de combustíveis. O reajuste não se deve a alterações diretas da Petrobras, mas à mudança na base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), aprovada em novembro pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

O ICMS da gasolina subirá R$ 0,10 por litro, passando de R$ 1,3721 para R$ 1,47, um aumento de 7,14%. Já o diesel e o biodiesel terão um acréscimo de 5,31%, com o tributo subindo de R$ 1,0635 para R$ 1,12 por litro. O Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz) justifica a medida como parte de um compromisso para promover equilíbrio fiscal e justiça tributária.

Apesar do aumento, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) aponta que os preços da gasolina e do diesel no Brasil seguem defasados em relação ao mercado internacional. Segundo a entidade, o diesel apresenta uma diferença de R$ 0,85 por litro, enquanto a gasolina está R$ 0,37 abaixo dos valores externos.

A Petrobras, por sua vez, informou que desde 2023 abandonou a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), adotando uma estratégia que considera fatores internos, como produção e logística, para estabilizar os preços. A estatal destacou que, embora acompanhe o cenário atual, não pode antecipar decisões devido à concorrência no setor.