
Famílias de baixa e alta renda têm recuo na intenção de consumo
A intenção de consumir em agosto
teve queda em ambas as faixas de renda analisadas pela Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que divulgou nesta quinta-feira,
21, um recuo de 0,3% em relação à julho no índice que mede a Intenção de
Consumo das Famílias (ICF).
O indicador das famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos retraiu 0,1%
em relação a agosto de 2024, compensando a alta de julho, mas ainda ficando
acima do nível de otimismo (100,3 pontos após o ajuste sazonal). Enquanto isso,
as famílias com renda acima de 10 salários recuaram 2,4%, permanecendo em
tendência de queda durante todo o ano.
Segundo a CNC, o item Acesso ao Crédito - ICF foi um dos que colaboraram para
essa diferença, com alta anual de 2,1% entre as famílias de menor renda e queda
de 1,4% para as com maior renda, mostrando que as instituições financeiras
estão dando mais atenção para esse grupo com até 10 salários no momento de
fornecer crédito para compras a prazo.
Em relação ao mercado de trabalho, o arrefecimento mensal da Perspectiva
Profissional - ICF observado no indicador geral foi apresentado com a mesma
força para ambos os casos, com queda de 0,5% para os dois grupos. Considerando
todos os fatores, a Perspectiva de Consumo - ICF teve aumento de 1,7% nas
famílias com rendimentos abaixo de 10 salários e taxa de -7,8% naquelas com
maiores rendimentos, frente a agosto de 2024.
A análise anual por gênero revelou movimentos similares, destacou a entidade.
As mulheres tiveram queda de 0,5%, enquanto os homens tiveram um indicador 0,7%
abaixo do apresentado em agosto de 2024. Já em relação ao Acesso ao Crédito -
ICF, o público masculino apresentou alta de 1,8%, levemente superior ao das mulheres,
que aumentaram 1,2%, sendo eles menos atingidos pela seletividade do mercado de
crédito.
Ambos os gêneros perceberam avanço na Perspectiva Profissional - ICF, com as
mulheres se destacando desta vez, com alta de 3,4% frente a 2,7% para o público
masculino. Com essa percepção mais positiva sobre o emprego futuro, as mulheres
demonstraram crescimento de 1,4% na Perspectiva de Consumo - ICF, enquanto os
homens experimentaram queda de 1,3% no indicador.
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