Hapvida tem forte queda na Bolsa de valores
Divulgado nesta semana pelo site especialista em economia, InfoMoney, foi relatado que as ações da Hapvida tiveram neste ano a maior queda desde que a empresa abriu capital, em 2018. A companhia perdeu mais de R$ 7 bilhões em valor de mercado depois de apresentar resultados do terceiro trimestre considerados fracos por analistas, o que levou muitos investidores a reverem suas expectativas e venderem os papéis.
Um levantamento da consultoria Elos Ayta, solicitado pelo NeoFeed, apontou que esse movimento representou a maior queda intradiária desde maio de 2023, quando houve retração superior a 33% após sinalização de possível aumento de capital. No acumulado de 2024, a desvalorização alcança 43,1%, resultando em valor de mercado próximo de R$ 9,3 bilhões.
A queda ocorreu mesmo após o anúncio de um programa de recompra de até 70 milhões de ações em prazo de 18 meses, conforme decisão do conselho de administração. Os resultados do trimestre indicaram aumento de 12,7% no lucro líquido ajustado em comparação ao ano anterior, enquanto o Ebitda ajustado apresentou retração de 17,6%, abaixo do cálculo de analistas. Em avaliação divulgada pelo Itaú BBA, o desempenho reflete fatores com potencial impacto prolongado, como elevação de custos relacionada à expansão da rede própria.
Em teleconferência com investidores, a InfoMoney revelou que a Hapvida afirmou que o trimestre ficou abaixo das expectativas internas. Analistas avaliam que o cenário atual pode motivar novas revisões negativas nas estimativas de mercado para a companhia.
Decisões judiciais em diferentes estados do Brasil determinam que a Hapvida realize coberturas inicialmente negadas, como terapias para autismo e cirurgias, sob pena de multa ou indenização por danos morais. A operadora é alvo de investigações por descumprimento de determinações judiciais e negativa de procedimentos e medicamentos, o que levou o Ministério Público e órgãos de defesa do consumidor a formalizar notificações e ações judiciais.
Em Limeira, a Prefeitura encaminhou no último mês uma representação ao Ministério Público sobre possível negligência no atendimento de uma criança de 2 anos que morreu em 30 de setembro, com suspeita de Influenza A. A Secretaria Municipal de Saúde elaborou relatório apontando indícios relacionados ao caso.
Na sessão mais recente da Câmara Municipal de Limeira, vereadores aprovaram a emissão de notificação à Prefeitura sobre a abertura de uma CPI. O Executivo deverá apresentar manifestação em até 15 dias, com possibilidade de prorrogação pelo mesmo período. A Hapvida também será notificada para acompanhar os trabalhos e indicar representante legal.
A CPI terá foco nas supostas irregularidades e falhas contratuais envolvendo contratos e convênios firmados entre a Prefeitura, a Câmara Municipal e o Hospital Hapvida desde dezembro de 2019. As denúncias em análise incluem relatos de mau atendimento, demora em processos internos, recusa de internações, fornecimento inadequado de medicamentos e limitações de estrutura. A investigação também abrangerá a atuação das secretarias municipais de Saúde, Administração e Vigilância em Saúde quanto ao cumprimento das obrigações previstas em contrato e à divulgação de informações ao público.
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