
Escola de Limeira é selecionada para novo modelo cívico-militar
A Escola Estadual Irmã Maria Gertrudes Cardoso Rebello,
em Limeira, foi incluída na lista das 100 unidades de ensino paulista que
passarão a adotar o modelo cívico-militar a partir do segundo semestre deste
ano. A seleção foi anunciada nesta segunda-feira (28) pelo governo de Tarcísio
de Freitas (Republicanos).
Com a medida, policiais militares da reserva atuarão nas
escolas em atividades extracurriculares relacionadas a direitos e deveres do
cidadão, civismo e segurança escolar. A mudança, inicialmente prevista para
2026, foi antecipada após decisão do governo estadual. As aulas regulares continuam
sendo ministradas pelos professores da rede estadual.
Após a realização de três rodadas de consulta pública com
302 comunidades que manifestaram, no ano passado, interesse no modelo, foram
definidas as 100 escolas que iniciarão as atividades a partir do 2º semestre. A
previsão é que cerca de 50 mil estudantes sejam beneficiados.
O objetivo das consultas públicas foi ouvir toda
comunidade escolar e garantir a transparência do processo. Tiveram direito a
voto, mãe, pai ou responsável pelos alunos menores de 16 anos de idade;
estudantes a partir de 16 anos de idade, ou seus familiares, em caso de
abstenção de alunos dessa faixa etária; e professores e outros profissionais da
equipe escolar.
A votação a favor do modelo foi contabilizada quando a
escola alcançou o quórum mínimo (50% + um) e registrou, pelo menos, 50% + um
dos votos válidos. Cada voto foi computado apenas uma vez. Ou seja, as unidades
que tiverem 2ª e 3ª rodadas só puderam contar com os votos de quem não votou na
rodada anterior.
No total, foram computados mais de 106 mil votos da
comunidade escolar. Dos quais 87% a favor da implantação do programa. Três
escolas aprovaram a proposta com 100% dos votos válidos.
Na primeira votação, em março, 70 unidades optaram a
favor da adesão. Na segunda rodada, em abril, 35 escolas se juntaram à lista
inicial. Na terceira, e última, mais 27 votaram pela escolha do modelo. Ao fim,
132 comunidades aprovaram a implantação, quatro reprovaram e 166 não atingiram
quórum mínimo nas três rodadas da consulta pública.
Como o número foi superior à meta de 100 escolas
previstas para 2025, a Seduc-SP adotou critérios de seleção. Entre eles:
existência de pelo menos uma escola por município, o índice paulista de
vulnerabilidade social (IPVS) e o resultado no IDESP (Índice de Desenvolvimento
da Educação do Estado de São Paulo).
O programa será implantado em unidades de 89 municípios
paulistas, incluindo a capital, região metropolitana, litoral e interior.
Desses 89, 80 são cidades com IDH abaixo da média estadual e 37 estão abaixo da
média nacional. As escolas integram 60 Diretorias de Ensino (DEs), que
representam 65% das DEs da Seduc-SP.
As escolas cívico-militares seguirão o Currículo Paulista, definido pela
Secretaria da Educação. A Seduc-SP também será responsável pelo processo de
seleção dos monitores. Caberá à Secretaria da Segurança Pública apoiar a
Secretaria da Educação no processo seletivo e emitir declarações com
informações sobre o comportamento e sobre processos criminais ou
administrativos, concluídos ou não, em que os candidatos a atuar como monitores
nessas unidades de ensino possam estar envolvidos.
Os policiais militares selecionados receberão um
adicional de R$ 301,70 por jornada diária de oito horas, podendo trabalhar até
40 horas semanais. Eles atuarão como prestadores de serviços pelo período
máximo de cinco anos. A entrada dos policiais nas escolas estaduais será
regulamentada por processo seletivo específico.
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