
Equipe da UFF representa Brasil em competição de engenharia no Canadá
“Foram desafios enormes, um deles era o financeiro, de conseguir recursos, não necessariamente para o desenvolvimento do rover, mas para poder viabilizar a viagem dos alunos para a competição”, conta a professora sobre o início da The Myths Brazil. Além da UFF, o Centro de Tecnologia em Educação (Ceted) participou da competição de 2018, representando o Brasil na categoria de ensino médio. Naquele ano, a equipe foi premiada com o Jesco von Puttkamer International Team Award.
Em 2020, com a decretação da pandemia e o início do isolamento social, a The Myths Brazil foi desmobilizada. O retorno aconteceu apenas três anos depois, em 2023, com novos estudantes e de diferentes cursos da universidade, além de engenharia mecânica.
“A equipe é muito renovada, porque os alunos vão passando, se formando e vão seguindo. Hoje, ela foi refeita, então temos uma equipe multidisciplinar”, ressalta Fabiana.
Disputa no Canadá
Atualmente, sete alunos fazem parte da The Myths Brazil. Para a estudante de engenharia mecânica e capitã da equipe, Maria Eduarda Carvalho de Oliveira (a terceira na foto, da esquerda para a direita), a participação na competição é a realização de um sonho.
“É estranho, sinceramente, sermos a única equipe brasileira, até porque não tínhamos nada e hoje ser a única equipe brasileira, representando a nossa história, o nosso sonho, lá fora é muito gratificante. Essa classificação representa nosso trabalho durante todos esses anos, criando protótipos, circuitos e fazendo testes”, celebra a estudante. “É gratificante tanto para mim quanto para a equipe inteira conseguir representar o nosso país e a nossa universidade lá fora.”
De acordo com Maria Eduarda, antes de chegar ao desafio robótico no Canadá, há um grande obstáculo: o custo das passagens para os integrantes e o transporte do rover para outro país.
Segundo a universitária, no momento, a equipe não conta com nenhum financiamento para a viagem, diferentemente do European Rover Challenge (ERC), que será realizado na Polônia, de 29 a 31 de agosto, e para o qual os alunos contam com apoio financeiro de um edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Como alternativa para conseguir lidar com os gastos, os alunos organizam uma vaquinha on-line.
“Tivemos que tirar (dinheiro) do nosso próprio bolso para conseguir pagar a inscrição. A Escola de Engenharia da UFF nos ajudou nessa parte e conseguiram reembolsar esse dinheiro, só que infelizmente não conseguem nos ajudar com as passagens aéreas, é aí que entra a vaquinha. Ela vai servir basicamente para conseguir pagar as passagens dos membros”, compartilha Maria Eduarda.
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