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Jovens Cientistas do Colégio Ely conquistam reconhecimento internacional

Limeira vive um momento histórico na educação pública. A Escola Estadual Professor Ely de Almeida Campos, tornou-se referência ao implantar um programa que une ciência, responsabilidade social e formação cidadã, já com resultados que ultrapassaram fronteiras.

 

Em parceria com a Open University Humaniza e com o Grupo Máquinas Furlan, a unidade lançou em 2025 o Programa de Formação de Jovens Cientistas Empreendedores Aprendizes, que já mobilizou 148 alunos do Ensino Médio noturno e formou 36 multiplicadores certificados.

 

A iniciativa, inédita em Limeira, adota como base os princípios das Ciências Asavikas e da pedagogia ESG (ambiental, social e de governança). Com isso, combina áreas pouco exploradas em conjunto — como mineração, ciência, ética, sustentabilidade e até xadrez — em uma proposta pedagógica voltada para a transformação social.

 

Para a diretora geral do colégio, professora Adriana Cristina de Souza, o impacto é profundo e vai muito além da sala de aula.

“Estamos diante de um programa educacional que não apenas estimula a produção científica, mas também valoriza o ser humano em sua integralidade. O reconhecimento internacional dos nossos alunos como coautores em publicações científicas é um feito histórico, e fortalece Limeira como referência em educação humanizada”, afirmou.

 

Entre os professores engajados, destaque para José Roberto Toledo, que em junho foi homenageado como membro da organização internacional IFREL. Ele recorda a produção de uma das estudantes como símbolo da essência do projeto.

 

“A aluna Gabrielly Lima Pereira escreveu uma redação exemplar sobre humanização na área de metalurgia, abordando ética, cidadania, uso de equipamentos de proteção e treinamentos para crescimento humano e profissional. Esse é o espírito do programa: formar cidadãos conscientes e preparados para transformar o ambiente em que vivem”, ressaltou Toledo.

 

Os jovens também demonstram entusiasmo com o futuro. Multiplicador certificado, Isaque Emanuel Guimarães Cruz relatou que ainda não definiu a profissão que seguirá, mas já tem clareza de seu propósito: “Quero ajudar a humanidade. Não por premiação, mas porque esse é o meu papel como cidadão.”

 

Outros estudantes compartilham sonhos que vão desde medicina e veterinária até direito, polícia, empreendedorismo e até o trabalho como barbeiro. O ponto em comum entre eles é a convicção de que ciência e educação são caminhos para a transformação coletiva.

 

Em apenas seis meses, os alunos do Ely já apresentaram resultados expressivos. Participaram de quatro congressos internacionais de relevância acadêmica: o TechNova Congress (Índia e Estados Unidos), o ASES Mining Congress (Turquia) e o 6º BILSEL Scientific Research Congress (Turquia).

No âmbito científico, publicaram o artigo Chess as a Scientific Pedagogical Platform, que consolidou a integração entre xadrez e mineração como base pedagógica reconhecida internacionalmente.

 

O trabalho também ganhou repercussão pública. A estudante Gabrielly Lima Pereira, escolhida como paraninfa da turma de multiplicadores, recebeu no dia 13 de agosto o Prêmio Nesher – Jovem Águia 2025, durante cerimônia no Teatro Vitória.

Na plateia, estiveram autoridades locais como a primeira-dama Luciana Félix, o presidente da Câmara Municipal, Everton Ferreira, e o vereador Márcio Vidal, além de professores, familiares e colegas que lotaram o espaço em uma noite de celebração.

 

A experiência confirma a força da integração entre escola pública, universidade e iniciativa privada. Mais que formar alunos com habilidades técnicas, o programa mostra que é possível desenvolver cidadãos críticos, éticos e conscientes de seu papel social. Para Limeira, o projeto do Colégio Ely se tornou símbolo de um movimento maior: a educação humanizada como motor de desenvolvimento e inovação.

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