Conselheiros elaboraram uma contraproposta para os investidores portugueses
Edmar Ferreira
O Conselho Deliberativo da Associação Atlética Internacional aprovou por unanimidade o Projeto de SAF apresentado pela Comissão de Estudos para Sociedade Anônima do Futebol.
O projeto foi amplamente discutido e estudado pela comissão, com a participação de profissionais do mercado e especialistas que irão proporcionar a Internacional investimentos e uma mudança de patamar, com garantias financeiras e contratuais, aplicando as melhores práticas profissionais de gestão e governança, abrindo as portas para compradores com segurança para o clube.
O projeto, validado e celebrado por todos os conselheiros, será apresentado inicialmente à empresa proponente/compradora que formalizou a proposta na reunião do ultimo dia 3, para análise e manifestação de interesse.
A comissão cuidará sempre da análise da proposta atual e de eventuais propostas futuras, levando, mediante prévio estudo e parecer, para a análise dos membros do Conselho Deliberativo.
O Conselho Deliberativo voltará a se reunir no dia 7 de novembro, em Assembleia Geral, na qual seu novo estatuto deverá ser formalmente aprovado, encerrando assim as exigências estatutárias para a concretização da SAF.

Contrapropostas
O projeto SAF foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Deliberativo da Internacional. Isso não significa que a SAF foi aprovada. Tem muita coisa ainda envolvida. É melhor a diretoria focar na montagem do elenco para o Paulistão, caso contrário o risco de rebaixamento será ainda maior. Uma coisa é certa: este ano a SAF não sai.
Pelas informações que consegui, os conselheiros teriam elaborado uma contraproposta contendo três itens para os investidores portugueses interessados em assumir o clube, entre eles Hugo Cajuda, empresário do técnico Abel Ferreira, do Palmeiras.
Os conselheiros querem saber se o investimento de R$ 12 milhões já para 2024 contaria com os recursos que a Internacional teria na temporada, como cota da Federação Paulista de Futebol, patrocínios e bilheteria. Para os conselheiros, nesse momento a projeção da Inter é para uma receita de R$ 10 milhões, sem a SAF. Desta forma, se a resposta dos portugueses for "sim" (vai usar os recursos), os conselheiros entendem que o valor de R$ 2 milhões seria muito pequeno pelo tamanho do negócio.
Os conselheiros entendem que para ser um negócio vantajoso para a Inter, esses R$ 12 milhões de investimentos prometidos deveriam aumentar a receita do clube, juntando com os tais R$ 10 milhões de projeção. Desta forma, o Leão teria R$ 22 milhões em 2024.
O segundo ponto é com relação a um aporte financeiro. Os conselheiros querem que os portugueses depositem algo em torno de R$ 85 milhões por quatro anos de contrato. Seria uma garantia que o clube teria, como em um eventual rebaixamento, caso aconteça.
O terceiro ponto seria com relação ao CEO que representa esse grupo de portugueses. Os conselheiros leoninos não teriam aprovado o nome de Pedro Roxo, que recentemente rebaixou a Acadêmica de Coimbra para a 3ª Divisão do Campeonato Português. Foi a primeira vez que isso aconteceu com o clube em 134 anos de história.