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Taxação do aço e alumínio impacta exportações do Brasil
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O país da América do Norte é o maior comprador do aço brasileiro. Segundo dados do Instituto Aço Brasil, em 2022, os EUA compraram 49% do total do aço exportado pelo país. Em 2024, apenas o Canadá superou o Brasil na venda de aço aos Estados Unidos.
No caso do alumínio, a dependência dos EUA é menor. O país foi o destino de 15% das exportações de alumínio do Brasil em 2023. O principal comprador do alumínio brasileiro é o Canadá, que absorveu 28% das exportações desse produto naquele ano. Os dados são da Associação Brasileira do Alumínio (Abal).
O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luiz Carlos Delorme Prado afirmou que a taxação deve ter impacto nos setores atingidos, mas não deve causar maiores problemas para o conjunto da economia.
“Embora a taxação seja muito importante para essas indústrias, para o conjunto da economia brasileira o impacto não é tão grande assim. O Brasil vai ter que redirecionar essas exportações, ou então, o que eu acho mais importante, tentar aumentar o consumo doméstico de aço. O Brasil tem alternativas. É diferente do México e do Canadá, que são muito mais dependentes do mercado americano”, explicou Prado.
O especialista acrescentou que o impacto será menor para o setor do alumínio. “O setor pode sofrer indiretamente porque as exportações de produtos de alumínio do Canadá para os Estados Unidos podem cair, isso pode afetar as exportações brasileiras para o Canadá. Mas, de qualquer maneira, o impacto é menor”, completou.
Caso a taxação resulte em queda na produção desses produtos no Brasil, haverá perda econômica, de produtividade e de empregos nesses setores e nas demais áreas interligadas ao aço e ao alumínio, avaliou o economista, doutor em relações internacionais e CEO da Amero Consulting, Igor Lucena.
“No Brasil, você vai ter uma diminuição da fornalha, diminuição da cadeia produtiva e essa diminuição termina gerando queda da produção, que significa dispensa dos funcionários, queda do faturamento e até mesmo impacto na nossa balança comercial, com reflexos sobre o PIB”, comentou.
ALCKMIN
O vice-presidente da República e ministro do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que o
governo brasileiro acredita no diálogo ao comentar o anúncio de Trump. Ele
relembrou que, no passado, em situação similar, houve o estabelecimento de
cotas de exportação do produto brasileiro aos norte-americanos.
"Olha, vamos aguardar porque nós acreditamos muito no diálogo. Isso já aconteceu
antes, mas houve cotas, foram estabelecidas cotas. A parceria Brasil-Estados
Unidos é equilibrada, é um ganha-ganha, nós exportamos para eles, eles exportam
para nós, ganha a população", disse Alckmin.
Alckmin não deu detalhes, mas as cotas para a exportação de aço brasileiro
foram estabelecidas em 2018, fruto de uma negociação do governo brasileiro
quando, em seu primeiro mandato, Trump anunciou a tarifa de 25% sobre os
produtos siderúrgicos que entram nos Estados Unidos. "Nós exportamos US$
40,2 bilhões para os Estados Unidos, importante, que são valor agregado, avião,
automóvel, enfim, e eles exportam para nós até um pouco mais, US$ 40,5 bilhões
de dólares (...) Vamos aguardar ainda essa questão da taxação. Da outra vez que
isso foi feito, teve cotas. A nossa disposição é sempre a de colaboração,
parceria em benefício das nossas populações", respondeu o vice. (Com
Agências)
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