
Papa promete continuar legado de Francisco de incluir pessoas LGBTQIA+
Audiência ocorreu poucos dias antes da peregrinação do Ano Santo ao Vaticano por católicos LGBTQIA+
O papa Leão XIV encorajou hoje a maior inclusão das pessoas LGBTQ+ na Igreja Católica, dando continuidade à política do antecessor, anunciou o jesuíta James Martin após reunião com o líder católico no Vaticano. "Ouvi do papa Leão a mesma mensagem que ouvi do Papa Francisco, que é o desejo de acolher todas as pessoas, incluindo as LGBTQI+", disse Martin, um dos maiores defensores da inclusão de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queer.
A audiência de meia hora, foi oficialmente anunciada pelo Vaticano, num sinal de que Leão queria que fosse tornada pública. A posição de Leão sobre os católicos LGBTQI+ foi questionada logo após ter sido eleito em maio. Francisco "deixou muito claro que não quer que as pessoas sejam excluídas simplesmente com base nas escolhas que fazem, seja no estilo de vida, no trabalho, na forma de se vestir ou em qualquer outra coisa", respondeu. Prevost disse então que a doutrina não tinha mudado, mas a igreja procurava ser mais acolhedora e mais aberta.
O legado de Francisco: mais do que qualquer outro papa, trabalhou para tornar a igreja um lugar mais acolhedor para os católicos LGBTQlA+. Desde a frase de 2013 "quem sou eu para julgar?", sobre um padre supostamente gay, até a decisão de permitir que os padres abençoassem casais do mesmo sexo, Francisco distinguiu-se com uma mensagem de acolhimento.
Durante o papado de 12 anos, de 2013 a 2025, reuniu-se várias vezes com Martin e nomeou-o conselheiro do departamento de comunicação do Vaticano, bem como membro da reunião plurianual sobre o futuro da Igreja. Ainda assim, o papa argentino nunca mudou o ensinamento da Igreja Católica de que os atos homossexuais são "intrinsecamente desordenados".
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