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Para especialistas ainda é cedo para desobrigar o uso de máscara

Pneumologista defende que empresários do setor de eventos exijam passaporte vacinal do público

O Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, que auxilia o governo estadual nas decisões relacionadas à pandemia, afirmou que este ainda não é o momento de retirar a obrigatoriedade do uso de máscara. O coordenador executivo do centro, João Gabbardo, disse que, apesar dos indicadores de morte, casos e internações por Covid-19 estarem em queda no Estado, em razão do avanço da vacinação, os integrantes do comitê concordam que a cautela ainda é necessária.

“Ainda não é o momento de abolir a máscara porque estamos passando por uma transição no Plano São Paulo, com flexibilizações importantes, como volta às aulas presenciais, frequência obrigatória dos alunos, presença de público nos eventos esportivos e culturais e redução de distanciamento. Então, temos que acompanhar qual será o impacto dessas modificações nos indicadores”, justificou o coordenador.

Desta forma, ainda não foi definida uma data para a suspensão do uso de máscara, mas a ideia é que isso seja feito gradualmente, começando pela liberação desse equipamento em lugares abertos, ao ar livre e sem aglomeração.

O médico pneumologista Danilo Gullo Ferreira, diretor da Unimed Limeira, foi consultado pela Associação Paulista de Profissionais de Eventos (APPE) e disse concordar com a posição do Centro de Contingência. “Neste momento, em que o nível de transmissão é bastante baixo, e com a boa quantidade de vacinados, é possível liberar o uso de máscara ao ar livre, onde não haja aglomeração de pessoas”, ressaltou. Passeios públicos, parques e praias são alguns locais onde, para ele, isso seria possível. “O risco de transmissão, nesses lugares, torna-se muito baixo com as pessoas vacinadas”. Para locais fechados, porém, o especialista defende que o uso de máscara não pode ser descontinuado.

Ferreira afirmou que em eventos, como shows, teatro, cinema e competições esportivas, mesmo ao ar livre, haverá aglomeração, tornando importante a manutenção da máscara e também de outras medidas comprovadamente eficazes de prevenção, como higienização das mãos e distanciamento entre as pessoas.
O médico também é favorável à exigência do passaporte vacinal para quem quer participar de eventos. “É uma medida extremamente salutar, já que num ambiente no qual 100% das pessoas estão vacinadas, há um risco muito pequeno de contaminação”, argumentou. Para ele, ao contrário do que muitos empresários do setor de eventos podem pensar, o atestado de vacinação pode aumentar a frequência do público, não diminuir. “Eu, por exemplo, só iria a um evento que oferecesse a segurança de que todos estão vacinados”, frisou.

 

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