Após reportagem da Gazeta mostrar os gastos envolvendo o chamado “Kit Covid” em Limeira, ultrapassando R$ 1,5 milhão em compras de Ivermectina, Cloroquina e Azitromicina para o combate à pandemia, a União Sindical dos Trabalhadores de Limeira (USTL) protocolou um ofício na Câmara Municipal para que a Comissão de Saúde realize um levantamento sobre indicações e receituários desses medicamentos nos atendimentos realizados nas Unidades Básicas de Saúde ou em hospitais públicos e privados.

O questionamento vem também no sentido de acompanhar os desdobramentos do caso Prevent Senior, que expôs durante a CPI da Pandemia no Senado Federal, a ineficácia e os perigos do tratamento precoce.

“Finalmente, muitos estão se dando conta apenas neste momento dos perigos e da ineficácia dos medicamentos constantes no chamado Kit Covid, que era deliberadamente receitado, recomendado e até mesmo estimulado para os pacientes do referido plano de saúde, sendo que alguns morreram e outros tiveram sequelas pelo uso de tais medicamentos. A divulgação do caso trouxe preocupação para toda população”.

Segundo a entidade, não há orientação oficial do Ministério da Saúde para que esses medicamentos sejam recomendados tratamento precoce ou da doença em si fato.

”Nossa intenção não é colocar em dúvida dos procedimentos da Secretaria Municipal de Saúde ou dos hospitais, mas sim que a Comissão de Saúde da Câmara possa fazer um levantamento que apresente para a população a informação de que nada de errado ocorreu, mostrando que não foram receitados medicamentos sem comprovação científica aqui. É preciso deixar tudo claro, a população tem o direito de saber", diz Artur Bueno Júnior, presidente da entidade que reúne 12 sindicatos de trabalhadores de Limeira e região.

Fazem parte da comissão os vereadores Everton Ferreira (PSD), Marco Xavier (Cidadania) e Lu Bogo (PL). O ofício deverá ser oficialmente recebido e debatido na próxima reunião do colegiado, marcada para a próxima quinta-feira, 7.