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Com demora, pacientes desistem de atendimento médico na UPA

Um dos munícipes ficou por cerca de 3 horas esperando para ser atendido; ele desistiu e foi embora

Pacientes que buscaram atendimento médico, na manhã de ontem, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) “Dr. Joaquim Nogueira da Cruz Neto”, no Residencial Abílio Pedro, reclamaram na demora. Um deles foi o Agnaldo Pereira da Silva. Ele conta que chegou por volta das 8h30 na UPA para passar pelo clínico geral. “Apareceram umas manchas nas costas e fiquei com medo de ser algo grave e fui na UPA. As horas foram passando e nada do médico chamar”, diz.

O paciente conta ainda que uma enfermeira informou que o médico estava em um atendimento de emergência. “Só tinha um médico para atender a população, que demorou demais. Se é emergência tem que levar para Santa Casa”, salienta. Por volta das 10h30, chegou outro médico, segundo disse o paciente, e mesmo assim, a espera ainda foi longa.

De acordo com Agnaldo, as pessoas estavam impacientes com a demora. Às 11h30, ele resolveu ir embora, o que outros munícipes já tinham feito. “Mais ou menos 20 pacientes desistiram de esperar. É um descaso com a população. Até os atendentes, que ficam na recepção, não sabem o que falar porque está frequente esse tipo de situação”, observa.

O paciente enfatiza que o atendimento na UPA era exemplar, antes da pandemia. “Era de primeira qualidade, mas depois da covid piorou muito. É preciso mais respeito para quem vai ali e não está bem de saúde. Hoje [ontem], só não voltei porque não tive nada, estava bem, mas quem realmente precisava ser atendido, deve ter esperado por muito tempo”.

Agnaldo é presidente da Associação de Moradores do Abílio Pedro e diz que vai cobrar melhorias no atendimento na UPA.

Paciente guardou a senha que pegou para o atendimento - foto: Arquivo Pessoal 

 

NA PANDEMIA

Em 1º de julho, a UPA também começou a receber pacientes de covid-19. A unidade disponibilizou 32 leitos de enfermaria e dois de emergência e estabilização para pacientes com a doença. À época, a medida foi em razão da alta demanda na Unidade de Referência Coronavírus (URC), que estava lotada.

Em 16 de agosto, a UPA deixou de atender as demandas de covid e retomou o atendimento de psiquiatria, ginecologia, pediatria e clínico geral.

A Gazeta questionou a Prefeitura sobre a quantidade de médica que atendem na UPA e a demora relatada pelo paciente. Porém, até o fechamento desta edição, não houve retorno.

 

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