Hoje, a Igreja Católica celebra o Dia de Finados ou Dia dos Mortos. Data em que muitas pessoas visitam os túmulos dos seus entes queridos já falecidos para levar flores e fazer orações. Para muitos é um dia de esperança e comunhão com quem se ama e continua a amar, apesar de não ter mais a presença física neste mundo, como reflete dom Eurico dos Santos Veloso, em um texto publicado pela Canção Nova.

Ele diz: “Este dia nos convida a refletir, não sobre a morte, e sim sobre a vida. O nosso Deus é ‘o Deus dos vivos, e não dos mortos’. As pessoas que já partiram desta vida não estão mortas; para Deus elas não estão mortas e, portanto, nossa oração ainda pode atingi-las. Por isso, rezamos por essas pessoas no transcorrer do ano e dedicamos um dia especial a elas. Somente a fé verdadeira é capaz de dar um novo significado para toda a nossa vida”.

O bispo diocesano de Limeira, dom José Roberto Fortes Palau, falou sobre o luto cristão em tempos de pandemia, em podcast da Diocese. “O luto não é somente pelos entes queridos que morreram nesta pandemia, mas pela última despedida, que não teve, pelos abraços que não demos, pelo velório que pode ser realizado. Quando até os ritos exequiais são negados, a dor provocada pela morte pode produzir sérios danos a nossa saúde física, mental e espiritual. A falta do rito cria uma sensação de que o morto não foi sepultado, que faltou algo importante”, observa.

Dom José cita ainda as pessoas que assistiram o corpo do seu ente querido sendo enterrado em uma vala, aberta às pressas, e coberto de terra por uma retroescavadeira. “Essa cena traz um sentimento de banalização da morte e desvalorização da vida. Muita gente sofreu com isso. Por isso, é necessário cuidar do luto e mostrando a elas o sentido útil da vida e da morte. Essa missão é nossa, da Igreja. O luto cristão é marcado pela tristeza, mas jamais pelo desespero”.

Uma forma de trabalhar o luto é levar flores ao túmulo do ente querido, que acontece no dia de hoje. “Esse simples gesto é um rito muito significativo. As flores simbolizam jardim, paraíso, a felicidade eterna, que desejamos aos nossos entes queridos. Visitando a sepultura renovamos dentro nós nossa gratidão e amor a essas pessoas, e lhes asseguramos que o bem e os valores nobres, por elas ensinados, continuam vivos na nossa vida e no nosso modo de ser”.

Dom José finaliza dizendo que “o melhor que podemos fazer pelos nossos entes já falecidos é rezar por eles”.

CELEBRAÇÃO

As igrejas celebram hoje o Dia de Finados. Na Catedral Nossa Senhora da Dores haverá missa às 8h.

Os cemitérios Saudade 1 e 2 estarão abertos, com funcionários de plantão para atender ao fluxo de visitantes, que é mais intenso nesta data. O cemitério Parque terá funcionamento das 7h30 às 17h30.