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Setor supermercadista deve crescer 1,25% até dezembro

Auxílio Brasil e 13º salário devem impulsionar as vendas de fim de ano nos supermercados

O avanço da vacinação, a redução dos casos de Covid-19 e o relaxamento nas restrições trouxe mais confiança para os setores que esperam mais vendas neste fim de ano. Além disso, o Auxílio Brasil deve injetar R$ 1,7 bilhões na economia paulista. O setor supermercadista prevê crescimento de 1,25% nas vendas até dezembro, somando também a injeção de recursos provenientes do 13º salário.

O Índice de Vendas dos Supermercados (IVS), com base no mês de setembro, mostra que as vendas dos supermercados no Estado de São Paulo tiveram redução de 8,25% nos últimos 12 meses. O índice é apurado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) após ser dessazonalizado e deflacionado pelo Índice de Preços dos Supermercados (IPS) para o mesmo período, que foi 12,99%.

De acordo com a Apas, o resultado pode ser explicado pelos impactos duradouros da pandemia da Covid-19, que provocaram distorções nas demandas de consumo, alteraram hábitos dos consumidores e ocasionaram por um longo período o fechamento de bares e restaurantes e do comércio não essencial.

No acumulado de janeiro a setembro de 2021, o faturamento real do setor supermercadista registrou queda de 10,11% em relação ao mesmo período do ano passado. A comparação entre setembro de 2020 com setembro de 2021 aponta uma diminuição no faturamento real de 10,90%.

Para o economista-chefe da Apas, Diego Pereira, o desempenho do setor está sendo comprometido pela redução na capacidade de compra do consumidor em decorrência da inflação. “Embora o nível da atividade econômica esteja superior ao do período pré-pandemia, esses efeitos serão percebidos de forma gradual, conforme ocorra um controle na alta dos preços. As últimas ações do Banco Central, como o aumento da taxa básica de juros, visam desacelerar a inflação e recuperar o poder aquisitivo das famílias”, explica.

CONSUMIDOR

O consumo das famílias teve queda de 1,13% em setembro na comparação com o mesmo mês de 2020, segundo levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No acumulado dos nove primeiros meses do ano, entretanto, o Índice Nacional de Consumo nos Lares Brasileiros registrou alta de 3,13%

Segundo o vice-presidente administrativo e institucional da Abras, Marcio Milan, apesar da queda no mês, a entidade mantém a previsão de crescimento de 4,5% em 2021 devido aos bons resultados da imunização contra a covid-19. “A vacinação hoje está bastante avançada. A economia praticamente destravada nos seus negócios”, ressaltou.

Para o Natal, a expectativa de 51% dos empresários do setor de supermercados é que haja crescimento nas vendas em relação ao ano passado. Enquanto 39% esperam que o movimento fique no mesmo patamar de 2020.

Há também previsão de abertura de vagas de emprego, com 41% dos empresários dizendo que vão fazer contratações temporárias para atender à demanda do Natal. A estimativa da Abras é que sejam abertos 30 mil postos de trabalho sazonais. (Com Agência Brasil)

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