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Número de microempreendedores cresce 39,8% durante a pandemia

Apesar dos fortes impactos da pandemia da Covid-19 sobre a economia brasileira, o número de microempreendedores individuais (MEI) continuou a crescer e tem batido recordes de formalizações ano a ano. No começo da pandemia (março de 2020), Limeira tinha 19.296 MEIs ativos, passando para 26.975 até o dia 12 deste mês. Um crescimento de 7.679 novos MEIs (39,8%).

Entre os mais de 26,9 mil MEIs ativos no momento, o ranking entre os segmentos são: cabeleireiros, manicures e pedicures – 1.733; comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios – 1.652, obras de alvenaria – 1.270; promoção de vendas – 1.014; preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo – 733; fornecimento de alimentos preparados para consumo domiciliar – 672; lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares – 618; serviços ambulantes de alimentação – 614; outras atividades auxiliares de transportes terrestres – 591 e serviços domésticos – 556.

As informações constam em levantamento feito pelo Sebrae, com base em dados da Receita Federal entre os anos de 2018 e 2021. Em entrevista para a Gazeta, o gerente regional do Sebrae-SP, Fábio Gerlach, destacou dados positivos do segmento na cidade.  “Uma estimativa interessante em Limeira é que cerca de 54 mil pessoas estão ligadas de alguma forma à atividades empreendedoras, sendo formais ou não. Só em 2021 foram 4.007 novos empreendedores na cidade, uma média de 334 por mês”, disse

O MEI é o profissional autônomo. Segundo o Sebrae, ao realizar um cadastro, o empreendedor passa a ter um CNPJ, o que permite a emissão de notas fiscais, facilitar a abertura de conta bancária e pedidos de empréstimos, além de ter os direitos e deveres de uma pessoa jurídica. “Com a pandemia, muitas pessoas buscaram no empreendedorismo uma forma de gerar renda, sendo extra ou não. Muita gente também não sabe que é empreendedora, exemplo: uma mãe que cuida dos seus filhos, é divorciada e busca uma renda vendendo cosméticos, fazendo faxina, ou outra atividade que requer um planejamento e que garante o sustento da família mesmo não tendo carteira assinada”, destaca o gerente para a Gazeta.

Para ser registrado como Microempreendedor Individual, a área de atuação do profissional precisa estar na lista oficial da categoria, já que o MEI foi criado com o objetivo de regularizar a situação de profissionais informais. Entre os benefícios estão: baixo custo mensal de tributos (INSS, ISS e ICMS) em valores fixos; pode emitir nota fiscal; direitos e benefícios previdenciários (aposentadoria por idade; aposentadoria por invalidez, auxílio-doença, salário maternidade, pensão por morte (para família) e acesso a apoio técnico do Sebrae. “Hoje oferecemos capacitações a novos empreendedores e para aqueles que buscam se atualizar no mercado, assim como outros públicos de vulnerabilidade que tem maior dificuldade em entrar no mercado de trabalho”, destaca.

Quem busca começar a empreender precisa, antes de mais nada, se planejar e ser criativo. “Buscar informações, conversar com outras pessoas, conhecer as tendências do mercado e acima de tudo, ter perseverança. Não é fácil, surgirão dificuldades assim como em qualquer setor empresarial, por isso é preciso ter muita dedicação”, afirma.

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