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Procuradoria repudia ataques transfóbicos contra vereadora

A Procuradoria Especial da Mulher da Câmara de Limeira enviou, na tarde de ontem, uma nota de repúdio sobre os ataques transfóbicos e homofóbicos contra a vereadora Isabelly Carvalho (PT). Recentemente a vereadora foi vítima de comentários maldosos nas redes sociais.

Em entrevista para a Gazeta, a vereadora relatou que as ofensas surgiram em dois casos específicos. Em um deles, a parlamentar foi acionada em comentários nas redes sociais sobre um caso de violência de uma aluna trans em Mogi das Cruzes e no outro, na própria rede social da Câmara, onde foi postado sobre seu projeto que visa instituir o Dia Marielle Franco.

“Os comentários foram agressivos e nosso gabinete tem todos os ‘prints’ guardados. Sobre as medidas que tomaremos, estamos aguardando orientação por parte do partido estadual pra ver qual a  melhor forma de atuar, mas iremos acionar o Ministério Público e fazer uma ressalva na Câmara Municipal pra que isso não aconteça. É importante que a Casa de Leis se posicione, assim como a Procuradoria fez, já que esse tipo de violência é prejudicial como um todo e que as medidas tomadas seja um exemplo para outros canais e outros órgãos públicos e que tomem os devidos cuidados e combatam esse tipo de discurso de ódio”, destaca.

A parlamentar, eleita democraticamente com 1.349 votos é a primeira mulher trans a ocupar uma cadeira no legislativo de Limeira. “Não podemos permitir nenhum tipo de ameaça contra qualquer uma das seis vereadoras ou mulheres que ocupam cargo público na cidade”, destaca.  A PEM da Câmara é composta pelas vereadoras Mariana Calsa, Lu Bogo, Terezinha da Santa Casa, Tatiane Lopes e Constância Félix.

“Os comentários recebidos nas redes sociais da vereadora são criminosos e configuram violência política de gênero, que é todo ato de agressão física, psicológica, econômica, simbólica ou sexual contra a mulher com finalidade de impedir ou restringir o acesso a exercício de funções públicas e/ou induzir a tomar decisões contrárias à sua vontade”, disse a nota.

 

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