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Com recursos defasados, Santa Casa de Limeira adere à mobilização

A Santa Casa de Limeira está participando do movimento “Chega de Silêncio”, que é uma campanha nacional que visa a sobrevivência do setor filantrópico. Por meio do encontro realizado no dia 5 de abril, foi exposta a crise financeira enfrentada pelo setor filantrópico no país, principalmente o novo piso salarial da enfermagem. “Se não houver políticas imediatas, consistentes, de subsistência para estes hospitais, dificilmente suas portas se manterão abertas e a desassistência da população é fatal”, destaca a entidade.

De acordo com o provedor Marcos Bozza, que aderiu a participação ao movimento, hoje os recursos recebidos pela prestação de serviços ao SUS estão realmente defasados e não atendem as necessidades da instituição. “A ajuda da comunidade e parlamentares são fundamentais para os serviços que a Santa Casa presta a população, sendo as doações e emendas de extrema importância para a instituição, inclusive responsáveis pela modernidade de equipamentos em vários setores”, destaca o provedor.

O movimento “Chega de Silêncio! ”  é coordenado nacionalmente pela Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas – CMB, para que gestores e profissionais de saúde rompam o silêncio e exponham a crise da maior rede hospitalar do SUS. O objetivo da mobilização simbólica de hoje é buscar apoio para que muitas dessas unidades hospitalares não fechem as portas.

Atualmente, segundo a CMB, existem 1.819 santas casas e hospitais filantrópicos no País, ofertando 170 mil leitos, dos quais 24 mil são Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Ainda segundo a entidade, o setor filantrópico é responsável por 50% e 70%, respectivamente, dos procedimentos de média e alta complexidade oferecidos pelo SUS.

Entidade destaca “defasagem absurda”

Desde o início do plano real, em 1994, a tabela SUS e seus incentivos foi reajustada, em média, em 93,77%, enquanto o INPC (Índice de Preços no Consumidor) foi em 636,07%, o salário-mínimo em 1.597,79% e o gás de cozinha em 2.415,94%.

Este descompasso brutal representa R$ 10,9 bilhões por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviço ao SUS, de todo o segmento. A preocupação em manter o trabalho tem, agora, outro alerta: tramita na Câmara Federal, com votação prevista para os próximos dias, o projeto de lei 2564/20, originário e aprovado no Senado, e que institui o piso salarial da enfermagem.

O impacto da proposta para os hospitais filantrópicos que prestam serviços ao SUS é estimado em R$ 6,3 bilhões. Se não houver políticas imediatas, consistentes, de subsistência para estes hospitais, dificilmente suas portas se manterão abertas e a desassistência da população é fatal.

 

 

 

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