A família do produtor rural, Fábio Canata, de 31 anos, morador no Bairro do Pinhal, ficou sem o fornecimento de energia elétrica por 42 horas, entre a noite de sexta-feira e a tarde do domingo. Faltou vela e água para as necessidades básicas da família, pois a chácara onde a família mora é abastecida com poço artesiano.   

Ainda durante a noite da sexta, o produtor disse que ligou na concessionária e que, em uma das vezes, foi informado que o problema já havia sido solucionado. "Falaram que tinham arrumado, mas em casa não tinha energia ainda", relatou o rapaz, em entrevista à Gazeta. Um novo protocolo de atendimento foi aberto pedindo o restabelecimento do fornecimento, o que ocorreu somente na tarde do dia seguinte. "É uma sensação de impotência total. A gente ouve eles falarem, mas sabemos que não vão cumprir", frisou ele, que ainda disse que o sistema de irrigação das hortas que eles cultivam em casa também pararam e que, se não fosse a chuva de sábado a noite, toda produção tinha se perdido. "A gente fornece couve e alface para supermercados de Limeira e se não tivesse chovido no sábado, teríamos perdido toda a produção", falou ele.

Sem postes de iluminação elétrica por perto, durante a noite a propriedade da família em uma escuridão total. Foram usadas mais de 10 velas, acabando com o estoque da casa. "Elas [velas] acabaram no sábado a noite. Não tínhamos o que fazer. Ou a energia voltava no domingo ainda durante o dia, ou teríamos de ir embora daqui", afirmou. Além das velas, o que acabou foi a água. "No domingo de manhã, a gente tinha água para fazer o café e só. E com o calor, foi duro! Passamos sede e nem banho tomamos direito", disse.

Outra reclamação do produtor foi a forma de atendimento da concessionária. " A gente só fala com máquina e que fica tentando nos jogar para o WhatsApp. Não é fácil ligar na empresa. Mas a conta não atrasa um dia, se quer", bradou o produtor. A Gazeta pediu explicações para a empresa, mas até ontem a noite não havia tido retorno.