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Limeira implanta método contraceptivo social em 64 mulheres

Há um ano, um novo tipo de anticoncepcional começou a ser implantado na rede pública de Limeira. Adquirido pela prefeitura por R$ 369,89 a unidade, o anticoncepcional é voltado a mulheres em situação de vulnerabilidade social. Das 100 mulheres selecionadas, 64 receberam o medicamento.

O método é implantado no Ambulatório de Contraceptivo Implantável, que funciona na UBS do Jardim Graminha. A seleção das mulheres é feita pelos diversos serviços de saúde e de assistência social do município, como Caps Álcool e Drogas, Serviço Especializado em Moléstias Infecto-Contagiosas (Semil), Consultório de Rua, Ceprosom, Santa Casa, entre outros.

O objetivo é atender prioritariamente mulheres expostas a fatores como, situação de rua, uso de álcool e drogas, distúrbio psiquiátrico, HIV/AIDS e Hepatite B e C. O contraceptivo também é destinado a profissionais do sexo, mulheres em tratamento contra a tuberculose e puérperas de alto risco. A colocação do produto é rápida, dura de 10 minutos a 15 minutos e é feita com anestésico local. Após o procedimento, a mulher recebe acompanhamento médico periódico para avaliar a adaptação ao medicamento.

O princípio ativo do medicamento é o etonogestrel, um hormônio feminino sintético, semelhante à progesterona. A substância fica dentro de um bastão macio e flexível, de 4 centímetros de comprimento por 2 milímetros de diâmetro. Uma pequena quantidade do hormônio é liberada continuamente na corrente sanguínea, que provoca o espessamento do muco cervical, dificultando a entrada dos espermatozoides no útero.

Gisele Cristina Matias da Silva, de 40 anos, foi selecionada pela própria UBS do Jd. Graminha. Trabalhando por conta própria como ourives, mãe de cinco filhos, ela contou que o filho mais novo, de apenas três meses, nasceu de parto normal - o que impossibilitou a realização de uma laqueadura. “Para nós mulheres esse método é muito bom”, afirmou. “Estou protegida por três anos e não precisarei fazer cirurgia”, completou.

O acompanhamento médico é periódico para avaliar a adaptação ao medicamento. A primeira consulta é realizada 15 dias após o implante. Posteriormente o atendimento ocorre ao final do primeiro, terceiro, sexto e nono mês. A partir daí, as avaliações são anuais. O produto tem eficácia de 99%, está no mercado há mais de dez anos e já é adotado por diversos municípios brasileiros. A adoção do contraceptivo atende à Lei 6.238, sancionada em 2019, a partir de propositura da ex-vereadora Mayra Costa.

 

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