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Limeira registra alta de 43% em casos de dengue em 2022

O último monitoramento dos casos de arboviroses, divulgado pelo Boletim da Vigilância Epidemiológica, aponta um aumento de 43% da dengue na cidade de Limeira em comparação com o ano passado. Em 2022 foram registrados mais de 326 casos positivos e 1.344 casos prováveis da doença.

A análise considera o período de 2 de janeiro a 27 de maio.  O município também investiga 17 casos de chikungunya e 12 notificações de zika vírus. A Divisão de Vigilância de Zoonoses vem realizando mutirões em regiões da cidade. No final de semana, a região do Parque Novo Mundo recebeu os agentes.

Foram vistoriados mais de 2,7 mil imóveis. Dos 230 criadouros do mosquito Aedes aegypti identificados, 114 continham água e 13 apresentavam larvas. Segundo a gerente da Zoonoses, Pedrina Ap. Rodrigues Costa, as larvas foram encontradas em balde, bebedouro de animal, prato de xaxim, pneu, vaso sanitário.

Na região, a doença vem acendendo um alerta. Em Santa Bárbara d’Oeste já foram confirmados três óbitos pela doença e em Americana, já são 7 mortes por dengue. Em Iracemápolis, a Prefeitura informou que são 67 casos confirmados e 227 notificados.

O estado de São Paulo já tem, em 2022, mais casos e mortes por dengue, que o ano passado todo. Foram 151 mortes de janeiro até agora, contra 71 no ano passado. O Ministério da Saúde, aponta um aumento de 191% da dengue no país em comparação com o ano passado. Em 2022 foram registrados mais de 1,036 milhão de casos prováveis da doença.

DIAGNÓSTICO

A infectologista Márcia Lima Dantas, explica que o diagnóstico correto se dá por meio de exame clínico seguido de exames laboratoriais. "Especificamente sobre dengue, a infecção ocorre em três fases. A fase febril, que ocorre com o aumento da quantidade viral, é associada a sintomas inespecíficos. Essa fase se resolve em três dias. Na fase crítica, ocorre o aumento da permeabilidade dos vasos do organismo, o que pode desencadear complicações. É nessa fase, quando a febre não aparece mais, que podem ocorrer sinais de que a infecção está evoluindo para um quadro grave, portanto é indispensável realizar acompanhamento médico. E na fase de recuperação, há aumento na quantidade urinária e a resolução dos sintomas característicos do estágio crítico", descreve a Dra. Márcia.

SINTOMAS E TRATAMENTO DA DENGUE

Os sintomas são febre alta (39ºC a 40ºC), de início repentino, associada a dor de cabeça, prostração, dores musculares, nas juntas e atrás dos olhos, vermelhidão no corpo (exantema) e coceira. "Perda de apetite, náuseas, vômitos e diarreia não volumosa podem estar presentes, mas são menos frequentes", explica a especialista. 

"O atendimento médico deve ser iniciado assim que aparecerem os primeiros sinais, pois com o devido acompanhamento profissional é possível identificar sinais de agravamento da doença. E é importante ressaltar que nos casos de dengue não é recomendado o uso do ácido acetil salicílico (AAS), devido ao risco de hemorragia. Os medicamentos precisam ser prescritos pelo médico. É preciso fazer repouso absoluto e beber bastante água", afirma a especialista.

PREVENÇÃO

Mesmo no período de outono/inverno, onde a incidência costuma ser menor, é importante salientar que as pessoas devem permanecer atentas no controle da doença.  A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada para impedir possíveis criadouros, como em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas. Manter a higiene dos locais e evitar a água parada é a melhor forma, por isso é fundamental a participação consciente de toda a população.

 

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