Limeira aplicou até maio deste ano, 3.635 doses contra o sarampo, alcançando uma cobertura de 22,1%, entre crianças de 6 meses a menores de 5 anos. A campanha foi iniciada em abril. A informação da Prefeitura foi uma resposta ao requerimento do vereador Everton Ferreira (PSD).

A demanda do vereador por dados foi motivada pela confirmação de novos casos de sarampo no estado de São Paulo e a queda na vacinação contra a doença no país. Segundo o Ministério da Saúde, em 2022, a meta de cobertura vacinal é 95%. Ainda de acordo com o órgão federal, a cobertura no Brasil em 2021 foi baixa, não alcançando mais que 50,1% do público-alvo com a segunda dose da vacina tríplice viral.

Este ano, o cenário se repete já que apenas 47% das crianças receberam o imunizante até julho em todo o país. “Esse apontamento do Ministério da Saúde é muito preocupante, pois essa baixa procura da vacinação do sarampo abre margem para possíveis surtos de doenças avançarem e se propagarem no Brasil”, considerou.

A doença provocada por um vírus é altamente contagiosa e pode retardar o crescimento, além de reduzir a capacidade mental das crianças. A transmissão ocorre quando uma pessoa doente tosse, fala, espirra e respira próximo de outras pessoas. A única maneira de evitar o vírus é por meio da vacinação.

“O esquema vacinal vigente prevê duas doses de vacina contra o sarampo, sendo uma dose do tríplice viral ou SCR (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) aos 12 meses de idade; e outra dose da tetra viral ou SCRV (contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela) aos 15 meses de idade”, explicou Everton.

Onde se vacinar

Em Limeira, informou o vereador, a vacina está sendo aplicada nas unidades básicas de saúde (UBSs): Dores II, Nova Europa, Abílio Pedro e Vigilância Epidemiológica. O público-alvo é de crianças de 6 meses a menores de 5 anos e trabalhadores da saúde que estão com o esquema vacinal (de duas doses) incompleto ou não se vacinaram. Também fez um alerta: “Vacinem seus filhos! A vacinação é uma medida preventiva que contribui para fortalecer a imunidade das crianças e impedir a proliferação da doença.” 

Além da vacinação ser indispensável, existe uma recomendação das autoridades em saúde de manter os hábitos de higiene, lavando sempre as mãos com água e sabão e com uso de álcool gel, da mesma forma que é recomendado para a prevenção de outras doenças de transmissão respiratória.