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Péssimas condições de saúde levaram 18 spitz à óbito, informa ONG

No dia 13 de abril deste ano, a operação da Polícia Civil e da Guarda Civil Municipal que resgatou 134 animais de raça em situação de maus-tratos, em Limeira ganhou repercussão nacional. Os cães, em sua maioria da raça spitz-alemão, também conhecida como lulu-da-pomerânia, estavam em uma chácara no interior de um condomínio fechado na cidade. Além deles, foram encontrados também gatos da raça persa. Os animais eram reproduzidos e vendidos e os responsáveis foram presos no dia do resgate.

Os animais tiveram tutela temporária destinada a quatro entidades, sendo uma delas, a Associação Limeirense de Proteção a Animais (ALPA), que acolheu 69 animais, entre cães e gatos.  “Os animais, todos vítimas de maus tratos, apresentavam péssimo estado de saúde, derivado dos cruzamentos entre animais doentes, sem a devida supervisão de profissional competente, gerando filhotes doentes, todos desacompanhados de cuidados, na situação insalubre, ao meio de fezes, sem alimentação ou água, sem vacinação, sem tratamento, gerando dor e sofrimento”, explicou a Alpa.

Todos os animais passaram por consulta veterinária, hemogramas, ultrassom nas fêmeas, foram microchipados e receberam cuidados e medicamentos, porém, a ONG informou que devido às lamentáveis condições de saúde e ausência de cuidados básicos como vacinas, alguns animais vieram à óbito no decorrer dos dias subsequentes ao resgate, gerando ainda mais revolta à todos os envolvidos em seus cuidados.

No total, 18 cães foram à óbito, a maioria devido à cinomose, sendo outros casos de óbito devido à doença infecciosa, problemas cardíacos e má formação congênita. “Todos os animais - sem exceção - possuem laudo atestando o óbito por veterinário responsável e a ONG lamenta informar ainda que outros animais estão internados e correm risco, estando a mesma sem medir esforços para que estas vidas sejam salvas”, informou.

Como exemplo, um dos laudos relatados descreve uma cadela da raça Spitz com menos de 1 ano de idade e PCR positivo para cinomose, doença que infelizmente não tem cura e na qual foi feito protocolo buscando oferecer condições ao organismo do hospedeiro para eliminar o vírus. A cadela ficou internada em situação de intensivismo, sendo alimentada de forma forçada, pois infelizmente não tinha forças para realizar tal ação. O animal passou a apresentar alterações neurológicas e crises convulsivas, culminando em uma forte convulsão que a levou a uma parada cardio-respiratória e óbito em seguida.

“Este é apenas um exemplo entre outros óbitos devido à mesma doença. Doença esta que poderia ter sido prevenida por meio da administração de vacinação adequada. É importante frisar que a ONG assumiu a tutela temporária e também os custos de todo tratamento para os 69 animais, os quais hoje somam valor superior a R$300 mil, não sendo este, no entanto, empecilho para que todos os esforços sejam feitos para que os animais possam sobreviver, estando a ONG, cujo trabalho é totalmente voluntário, a buscar recursos por meio de doações para custear todo tratamento”, destacou.

Em nota, a ALPA lamentou profundamente tantas vidas negligenciadas e perdidas, devido ao péssimo estado em que foram resgatadas e reiterou seu compromisso de conscientizar a população sobre a importância da tutela responsável, da adoção e do respeito a todos os animais.

 

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