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Alunos protestam por atraso de merenda em escola estadual

Os alunos do período da manhã da Escola Estadual Profª Leontina Silva Busch protestaram, durante o intervalo, por falta de merenda. Segundo a denúncia, o atraso para as refeições vem ocorrendo desde a semana passada e revoltados com a falta de merendeira nesta quinta-feira (18), eles não retornaram para as salas de aula.

Segundo informações de um dos professores, que pediu sigilo em sua identificação, o Governo Estadual, através de uma empresa vem contratando os trabalhadores de forma terceirizada. “A escola tinha uma merendeira, mas o contrato dela foi encerrado na semana passada o que comprometeu a preparação dos alimentos na escola”, afirma.  

Durante o intervalo, os alunos se mobilizaram, de forma espontânea, para garantir estabilidade no horário e na qualidade dos alimentos. “Eles decidiram não retornar para as salas de aula, já que ficaram sem merenda no período do intervalo. A direção garantiu que uma profissional viria para preparar os alimentos, mas o mínimo que o Estado precisa oferecer aos alunos é transporte e alimentação de qualidade. Isso pode até comprometer no aprendizado”, disse.

A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) também vem acompanhando o caso e protocolou um ofício pedindo providências imediatas na questão da merenda das escolas públicas estaduais no nosso município. O sindicato informou que vem recebendo denúncias desde a semana passada, vindo agravar ainda mais essa semana.

“É inadmissível que o estado mais rico da federação não resguarde pelo menos o básico, a alimentação dentro da escola. Muitos alunos têm nessa, a única refeição, um direito do estudante assegurado pela Constituição Federal e dever do estado.  Isso não é só falta de respeito, é falta de humanidade. Culpa da terceirização feita por Dória e Rodrigo Garcia”, disse

A Apeoesp ainda informou que as denúncias ocorrem em todo o estado. “Já denunciamos na Secretaria Estadual de Educação, no Ministério Público e continuaremos denunciando e cobrando porque lutamos por uma escola inclusiva, gratuita, laica e de qualidade social referenciada”, afirma.

A Secretaria Estadual de Educação divulgou uma nota oficial sobre a situação na escola. “A Seduc-SP lamenta a situação que ocorreu na unidade escolar e esclarece que foi um caso pontual, por motivo de saúde da responsável pelo preparo da merenda. A direção prontamente solicitou a empresa terceirizada o envio de outra profissional e preparou um plano de contingência para suprir a necessidade do momento. O protesto dos estudantes transcorreu de forma pacífica e a equipe gestora conversou com eles sobre o motivo do atraso na preparação da merenda. A nova colaboradora preparou a refeição que foi servida antes do período, as 12h35. As aulas transcorreram normalmente”, disse.

 

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