A diretoria da Santa Casa de Limeira divulgou esclarecimentos sobre o protocolo que rege as filas de cirurgias eletivas. A Cirurgia eletiva é toda aquela que não é de urgência ou emergência, ou seja, risco à vida em até 48 horas", explica o chefe do Departamento de Cirurgia e Urgência da Santa Casa de Limeira, Dr. Ricardo Martins.

A espera envolve a necessidade de outros pacientes que estejam à frente na fila que é formada conforme a data de encaminhamento da Autorização de Internação Hospitalar (AIH). Também envolve a disposição de leitos e de equipe, sem esquecer que a Santa Casa de Limeira é referência para 26 municípios e é considerada "porta aberta". Ou seja, precisa atender todas as emergências e urgências que chegam ao hospital. Isso significa que é necessário um planejamento rígido, que contemple os que aguardam para a realização de cirurgias eletivas ao mesmo tempo que deve garantir o atendimento pleno do que não é previsto, justamente as urgências e emergências.

Nesta semana, a instituição e a equipe de cirurgia geral foram questionadas nas redes sociais. Por este motivo, a Santa Casa de Limeira se posicionou sobre todos os procedimentos. "Quando pacientes podem sair de uma posição na fila de cirurgia eletiva para a realização imediata?
Apenas em caso de urgência. No caso de uma hérnia, por exemplo, a urgência é quando ocorre uma obstrução, esclarece o chefe do Departamento de Cirurgia", destaca. Quem avalia a urgência e a necessidade de cirurgia imediata é a equipe médica, amparada por exames e avaliações clínicas.

O médico explica que todos os pacientes que aguardam por procedimento cirúrgico eletivo são orientados sobre situações que mudam o quadro de saúde e precisam de atendimento rápido. Os pacientes que têm sinais de agravamento sabem que devem se dirigir ao Pronto-Socorro, onde a equipe de plantão fará o primeiro atendimento e acionará os profissionais da especialidade respectiva. O critério é puramente técnico médico, sem interferência de contexto social ou outros.

Durante alguns meses do auge da pandemia de Covid-19, todos os hospitais precisaram suspender as cirurgias eletivas. O mesmo aconteceu com a Santa Casa de Limeira, onde passam centenas de pessoas todos os dias. Com isso, a demanda ficou reprimida e, há meses, por meio de mutirões realizados pelo Município e também pelo hospital, há um esforço para reduzir ao máximo o tempo de espera desses pacientes. "Reforçamos que a qualquer urgência, qualquer mudança de quadro, o Pronto-Socorro deve ser procurado", diz Martins.

O provedor da Santa Casa de Limeira, Marcos Bozza, destaca a seriedade com a qual todas as equipes médicas do hospital trabalham e afirma: "Não pode haver qualquer ingerência. O critério das demandas cirúrgicas é exclusivamente técnico e isso cabe aos médicos. Muita gente depende da Santa Casa para os seus tratamentos e nossa dedicação diária é para atender a todos de forma justa".

O hospital se coloca à disposição para esclarecer quaisquer outras dúvidas de pacientes e familiares por meio do serviço social, e também de autoridades.