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Professora comemora 'renascimento' após ficar em estado de coma

Há um mês, Rita Salmaso ganhou uma segunda chance. Após descobrir uma meningite bacteriana, agravada por uma sinusite, a professora foi internada em estado grave, ficou em coma por cinco dias e com risco grave de sequelas. Ao acordar, sua primeira preocupação foi: “preciso avisar as escolas”. Mal sabia ela, que sua história comoveu toda a comunidade escolar. “Minha maior recompensa foi ver a alegria dos alunos e das pessoas que convivo celebrando meu retorno”, afirma.

Rita dá aula em quatro escolas, de diferentes turmas, e aprendeu com o tempo a metodologia para cada sala de aula. “Isso não se ensina na faculdade, é um dom que aprimoramos. Saber as dificuldades de cada aluno, por mais que a sala tenha mais de 30 crianças, conhecemos suas dificuldades e facilidades de modo individual. Às vezes é difícil, mas em momentos assim, um pequeno avanço nos enche de esperanças e já recarrega nossas energias”, conta.

De uma família com mais quatro irmãos, a licenciatura pareceu surgir da hereditariedade. Ela e mais dois irmãos são professores e um é formado em licenciatura, onde segundo ela, também seria um professor excepcional. Sua mãe, também teve o sonho de ser professora na infância e mesmo não tendo oportunidade, garantiu aos seus filhos a melhor educação. A dedicação em comprar livros, mesmo em meio a dificuldades, fez com que seus filhos valorizassem e admirassem ainda mais todo o seu esforço.   

“Fico emocionada quando penso em toda a gratidão e empenho da minha mãe. Ela sempre garantiu uma educação aos filhos. Hoje, tenho uma missão de formar alunos e contribuir com o aprendizado de cada um deles. Acredito que essa seja minha grande missão. E para ser professor é preciso gostar de gente, é muito mais do que sentar em uma mesa, é ter essa percepção e essa sensibilidade de que somos responsáveis em formar adultos com pensamentos críticos, com uma bagagem que eles levarão para qualquer profissão que escolherem”, conta.

Ainda em seu período de recuperação, Rita conta que os médicos alertaram de possíveis sequelas. “Eu poderia ficar sem memória. Imaginem uma professora de História com esse tipo de sequela? Mas com muito esforço me recuperei, não tive nenhuma implicação. Só posso acreditar que tudo o que passei me deixou ainda mais forte, com mais vontade de voltar para a sala de aula. A única explicação que eu tenho é que recebi essa segunda chance para me reafirmar na missão de ser professora”, disse.

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