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Vereadores questionam falta de monitores para alunos com TEA

A Comissão de Educação e Cultura da Câmara de Limeira recebeu, nesta semana, o secretário Municipal de Educação, André Luis de Francesco, que prestou esclarecimentos sobre diversos assuntos ligados à rede de ensino público de Limeira. Entre os assuntos abordados, os vereadores questionaram sobre a falta de monitores na rede para atendimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

André disse que ainda não foi realizado o concurso para a contratação de efetivos, mas que foram contratados 250 monitores por meio do processo seletivo e que as escolas já têm o número necessário de servidores para realizarem os atendimentos normais, no entanto, para os atendimentos especiais, é preciso uma avaliação individual e, segundo ele, quem vai determinar a necessidade de atendimento individualizado é a própria Secretaria, ou uma ação judicial.

Em março deste ano, o assunto foi abordado em reunião com pais de alunos na Câmara Municipal, após a publicação de uma matéria da Prefeitura onde citava que todos os 497 estudantes com deficiência de Limeira, dos quais 237 crianças foram diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), recebiam atendimento especializado nas escolas municipais.

Alguns pais relataram que passam por dificuldades pela falta de monitores ou cuidadores nas escolas para seus filhos. “Meu filho tem laudo, ele precisa de um cuidador, mas a escola me disse que não tem como ficar com ele porque não tem monitor para cuidar dele”, afirmou uma das mães. “Temos que contar com a sorte de encontrar funcionários que se solidarizem conosco e cuidem de nossos filhos com carinho, já tive problemas com pessoas que se recusaram a cuidar do meu filho”, comentou outra mãe.

Na época, os representantes da pasta de educação informaram que que a tarefa de cuidar das crianças que precisam de acompanhamento individual deve ser feita pelo monitor, pois a descrição do cargo diz que ele é responsável por realizar atividades de recreação, de socialização, de estímulos para a coordenação motora, auxiliar nas idas ao banheiro e na alimentação de todas as crianças, sem distinção. 

A pasta ainda justificou que o TEA se apresenta em três níveis, o leve, o moderado e o severo, e que só os casos severos que precisam de alguém cuidando da criança o tempo todo, pois nos casos leve e moderado a criança consegue realizar atividades sozinha e a presença de uma pessoa o tempo todo ao seu lado, ao invés de ajudá-la, poderia atrapalhar no desenvolvimento de sua autonomia e também prejudicaria a inclusão.

 

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