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Justiça nega prisão de acusado de filmar banheiro em chácara

O rapaz, de 28 anos, acusado de colocar um celular escondido dentro do banheiro de uma chácara na zona rural de Limeira, no começo do mês passado, segue desaparecido. Ele ainda, se quer, prestou depoimento para a delegada Evelyn Kafa, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que investiga o caso. Diante do desaparecimento do rapaz, a Gazeta apurou que a delegada chegou a pedir a prisão do suspeito, o que foi negada pelo Poder Judiciário. Um mandado de busca e apreensão foi expedido, mas quando os policiais foram cumpri-los, a informação do condomínio afirmou que o casal não foi mais visto. A esposa dele, que se revoltou com a situação no dia do crime, também mudou de residência. Questionada, a delegada não quis comentar o assunto.

Dias depois do crime, a advogada do acusado se apresentou, se colocando à disposição para apresentar o cliente. No entanto, a intenção da delegada era ouvir primeiro algumas vítimas e testemunhas para, encerrar o caso, tomando o depoimento do acusado. Porém, de acordo com o apurado, há algumas semanas que a advogada não entra mais em contato e que, o homem, segue desaparecido. Contatos telefônicos teriam sido tentados, mas sem sucesso.

Em entrevista publicada na Gazeta do dia 25 de outubro, a autoridade policial afirmou que havia fortes indícios de que o rapaz fosse mesmo o autor das gravações. Mas, a delegada disse que esperaria ouvi-lo para formar sua convicção e encaminhar o caso para análise do Poder Judiciário. Em outubro, a delegada disse que, a princípio, o acusado cometeu dois crimes semelhantes; o de divulgar imagens de nudez sem o consentimento da pessoa. No caso das vítimas maiores de 18 anos, ele deve ser incurso no artigo 218C do Código Penal. O artigo prevê pena de 1 a 5 anos de reclusão. No caso das menores de idade, ele deve responder pelo artigo 240 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Neste caso, a pena é maior: varia de 4 a 8 anos de reclusão e multa.

Enquanto o caso não se resolve, segue a angústia das pessoas expostas e seus familiares. Há uma suspeita de que as imagens são publicadas na internet, em site de conteúdo adulto. "Triste e decepcionante tudo isso. Vou conversar com as outras vítimas e ver o que vamos fazer, pois não vamos desistir", alegou uma das pessoas envolvidas, que não será identificada. A expectativa é saber o que há de conteúdo de um segundo celular retirado das mãos do acusado, logo após a localização do aparelho no banheiro. Os dois celulares foram apreendidos e encaminhados para a perícia que deve emitir o laudo em breve.

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