Foto de capa da notícia

Mostra Cultural em alusão a Consciência Negra traz reflexão para alunos

Por que temos que trabalho sobre esse assunto?”. Esse foi o questionamento de um dos alunos da EMEIEF Profª Raquel Franceschi de Limeira para a professora e escritora Juliana Marinho. O tema era sobre Consciência Negra e o respeito a temática e a diversidade através de autores negros na literatura. Após explicar a importância da reflexão sobre o racismo, ainda impetrada em nossa sociedade, a professora ouviu a seguinte frase: “então temos curar o racismo”. Para Juliana, essa frase foi significativa, já que o objetivo do projeto “Negro Todo Dia” é despertar essa consciência nas crianças. “Disse pra ele que esse projeto era um remédio para curar essa discriminação, esse preconceito e esse racismo. Pra mim, essa frase fez tudo valer a pena”, explica.

De um projeto bibliográfico nasceu a “Mostra Negro Todo Dia”. Em evento realizado na última quinta-feira (17) a comunidade escolar teve a oportunidade de presenciar o resultado final, que acabou se expandindo em objetos, frases, personalidades e acima de tudo, de uma reflexão sobre a data. “Essa mostra é um projeto coletivo. Foi trabalhado tanto com os professores, quanto com os alunos. Nasceu de uma inquietação que eu estava tendo referente ao trabalho da recuperação de conteúdo e defasagem por conta da pandemia e também do desenvolvimento da temática referente a diversidade que precisa ser trabalhado. Nós precisamos entender que somos diferentes e isso não nos faz inimigos. Temos que construir cidadãos capazes de conviverem em sociedade e com as diferenças”, explica a professora.

A participação dos alunos foi um sucesso. “Tudo aquilo que é produzido por eles tem outro significado, por que eles conseguem resinificar essa aprendizagem e isso é muito importante. Conseguimos imprimir neles essa memória, essa história e essa identidade. Eles ficaram tão empolgados que já estão pedindo para realizar o projeto no ano que vem”, afirma. A equipe escolar também abraçou a mostra. “Todos os professores e em especial a diretora Tatiane Vasconcelos que abraçou esse projeto e nos deu o respaldo necessário, além do acolhimento”, afirma. A professora também explica que o projeto será levado para outras escolas e mostra também estará disponível na sede da Secretaria de Educação.

Juliana também integra o projeto “Sobre Vivência Poética” de Limeira. Coordenado por Veraiz Souza e Sônia Theodoro, 13 poetas da região, contam através da literatura a sua “sobrevivência poética”, dando oportunidade para os mais diferentes relatos sobre um assunto pertinente e delicado: o racismo atrelado ao preconceito.

O projeto é um marco histórico na cidade: a primeira coletânea organizada e construída por autores negros de Limeira e região. Compõem o projeto: Alê Souza, Carmelita Fernandes da S. Santos, Cipriana Villa, Delord, Everaldo Magalhães, Hákila Souza, Isabel Carvalho, Juliana de C. A. Marinho, Luh Celestty, Marisa de Souza Cunha Moreira, Marivânia de Souza, Mércia Lima, Sol Oliveira e as coordenadoras, Sônia Theodoro e Veraiz Souza.

Comentários

Compartilhe esta notícia

Faça login para participar dos comentários

Fazer Login