O termo 'segurança' foi ignorado por, pelo menos, três vereadores, durante a distribuição das emendas impositivas, as quais os parlamentares têm direito de destinar do orçamento anual do  município. Neste ano, cada vereador tinha R$ 796 mil para distribuir para as diversas áreas da administração pública. Deste valor, R$ 398 mil, obrigatoriamente, teria de ser destinado à saúde. Do saldo, a distribuição era livre entre apoio ao servidor, proteção e bem-estar animal, segurança, limpeza e conservação de bens públicos, de passeios públicos e de galerias pluviais, estradas rurais, iluminação pública, sinalização de trânsito e semaforização, cultura, esporte e lazer e bolsa creche.

O levantamento feito pela Gazeta com os vereadores da Câmara Municipal isenta o vereador Adir Almeida, que ainda não era vereador quando houve a apresentação das emendas. Outro parlamentar que não aparece na lista é Jorge de Freitas, que ainda era secretário de habitação. Coincidentemente, seus substitutos, e que não estão mais na Casa de Leis, foram os que apresentaram valores mais altos à segurança. José Roberto Bernardo (suplente de Freitas) destinou R$ 375 mil à segurança. Depois dele, Constância Félix, que teve o diploma de vereadora cassado, havia destinado R$ 175 mil. Ela foi substituída pelo atual vereador, Adir Almeida.

Outros oito que apresentaram foram Airton dos Santos (R$ 35 mil), Anderson Pereira (R$ 50 mil), Júlio César Pereira dos Santos (R$ 45 mil), Lú Bogo e Marco Xavier (R$ 75 mil, cada), Mariana Calsa e Sidney Pascoto (R$ 100 mil, cada) e Terezinha dos Santos (R$ 20 mil).  A prefeitura destinou R$ 1 mi em emendas impositivas na área da segurança. Depois desse teto, todos as outras emendas se tornavam nulas.

Outros vereadores tiveram a intenção de apresentar emenda, mas não conseguiram pelo bloqueio legal. Everton Ferreira queria aplicar R$ 200 mil. Como não conseguiu, destinou o valor para a iluminação pública, que, para ele, é ligada à segurança primária. Ceará tentou destinar verba de R$ 170 mil, segundo seu gabinete. Já Helder do Taxi, disse que, como havia conseguido uma camionete L-200 para o Pelotão Rural da GCM, junto à Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Abastecimento, não destinou mais dinheiro, por meio de emendas.

Os legisladores que não apresentaram e nem tinham a intenção de destinar verba para a segurança foram: Tatiane Lopes, que luta pela causa animal, além de Elias Barbosa e João Antunes de Souza (Bano). Além deles, Isabelly Carvalho e Waguinho da Santa Luzia sequer apresentaram emendas em qualquer área. Não responderam nossos questionamentos Betinho Neves e Jú Negão. Os valores destinados serão encaminhados para a Secretaria Municipal de Segurança Pública e se incorporará à previsão orçamentária para a pasta apresentada pela Prefeitura.