Representantes de candidatos que prestaram concurso público para professores substitutos da rede municipal de educação de Limeira relataram em reunião realizada na Câmara Municipal que houve conteúdo divergente do solicitado no edital do certame.

De acordo com as representantes, a prova do processo seletivo realizada agora em novembro apresentou questões que não constavam no edital do concurso e deixou de cobrar assuntos que estavam previstos na publicação. Elas também informaram que somente 58 pessoas passaram na prova e que provavelmente no ano que vem faltarão professores. “Em 2022, foram classificadas 196 pessoas e não foram suficientes”, declarou uma das candidatas.

Uma das principais reclamações apresentadas pelas representantes foi quanto à constante mudança da banca de avaliação das provas para professores substitutos ao longo dos anos. Elas pediram a possibilidade de utilizar uma mesma empresa nos próximos processos seletivos e pediram que, se possível, fosse escolhida uma banca de renome, e como exemplo citaram a Vunesp e a Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

A reunião foi conduzida pelo vereador Elias Barbosa (PSC), presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, e contou com a participação de Terezinha da Santa Casa (PL), vice-presidente; Adir Almeida (PDT), secretário e da vereadora Mariana Calsa (PL). O secretário municipal da pasta, André Luis de Francesco também esteve presente e respondeu as principais demandas da reunião.

Segundo André, a Secretaria de Educação está preparada para o próximo ano e de acordo com o planejamento, não faltarão professores. Ele explicou que os candidatos melhores classificados no processo seletivo poderão assumir dois cargos e professores efetivos também poderão fazer substituições. Além disso, o restante da lista de candidatos do certame poderá ser chamado também, caso necessário.

Sobre as divergências entre edital e prova, o secretário disse que foram identificadas inconsistências pela Comissão de Apuração e que todas foram analisadas pelo Comitê. Segundo ele, as que realmente estavam em desconformidade foram descartadas. “Pelo que analisamos, todos os recursos estão sendo respondidos”, afirmou.

Elias Barbosa pediu que as representantes entreguem o material sobre as divergências que os candidatos estão questionando para que o colegiado faça a fiscalização junto à Secretaria de Educação para verificar se realmente foram sanadas. “Sabemos das dificuldades que os candidatos tiveram e estaremos com vocês durante todo o processo”, concluiu o presidente.

ESTADO DE GREVE DE MONITORES

O secretário foi questionado sobre o anúncio feito pelo Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira (Sindsel) de que monitores temporários entrariam em estado de greve, podendo iniciar paralisação em 72 horas  a partir de terça-feira, 29 de novembro. Dentre as reclamações está o tipo de vínculo empregatício, por meio da CLT e não de concurso público, e a falta de previsão de pagamento de férias e 13º salário para os contratos emergenciais.

“Hoje, contratualmente não temos previsão para o pagamento de 13º e férias, mas estamos avaliando uma forma de chegarmos a uma solução legal para resolver”, afirmou André. O secretário também explicou que o monitor substituto tem caráter temporário, para suprir a necessidade da rede enquanto o concurso público para o cargo é preparado.