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Governo reforça importância da doação de sangue no período festivo

Com o fim de ano, muitas famílias organizam viagens, passeios e programações especiais. No entanto, o período festivo é um desafio para os hemocentros, pois o número de doadores costuma diminuir. O Ministério da Saúde reforçou a importância da doação de sangue, iniciativa que pode ajudar a salvar vidas.

Diretora de Relações Externas e Intercâmbios da Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo, Carla Luana Dinardo explica que a falta de reserva no hemocentro pode causar adiamento de cirurgias. “Os familiares sabem a dor que é cancelar uma cirurgia cardíaca, oncológica ou de paciente crônico de quimioterapia porque não temos bolsa de sangue. Fica o apelo para que as pessoas levem o espírito de natal e não tirem férias da doação: aproveitem esse tempo para doar sangue”, defende.

É importante ressaltar ainda que a doação voluntária de sangue garante o abastecimento seguro e contínuo para suporte de transfusões e atendimento de diversos pacientes que dependem de tratamentos relacionados. Em Limeira, o Banco de Sangue da Santa Casa, fornece hemocompenentes para os principais hospitais da cidade, e atende a demanda interna da Santa Casa. 

Além dos grupos sanguíneos de maior importância, como os sistemas ABO, Rh, Kell, Duffy e Kidd, há os chamados sangues raros, que são mais difíceis de encontrar na população de doadores e pacientes. Quando há um doador com esse tipo sanguíneo, ele deve seguir as orientações do hemocentro quanto à frequência de suas doações. "O que mais precisamos no nosso país é o chamado antígeno U negativo. Em segundo lugar, temos a substância Vel negativo e o Kidd nulo”, informa Carla.

Ela conta que devido à dificuldade de encontrar esses grupos sanguíneos, os hemocentros, em parceria com o Ministério da Saúde, abastecem um banco de dados de diversos sangues raros em nível nacional no Brasil, chamado Cadastro Nacional de Sangue Raro (CNSR). Depois que o hemocentro identifica integrantes de sangue raro, inicia-se uma busca ativa entre os familiares desses indivíduos. “É um trabalho de formiguinha que fazemos e de apelo, porque o Brasil é gigantesco e é difícil conseguir acionar essas raridades quando precisamos, por isso o banco de dados do CNSR e o suporte da Coordenação de Sangue é tão importante para levar insumos ao paciente que precisa”, salienta.

A integrante da Fundação Pró-Sangue de São Paulo acrescenta que o auxílio prestado tem retorno. “É um trabalho que fazemos em defesa da doação e da vida, porque quando essa outra pessoa, que hoje é doadora, precisa de uma bolsa, também precisaremos acionar uma raridade. Por isso é tão importante termos essa rede, mantermos esse banco atualizado e termos a colaboração dessas pessoas de sangue raro”, pondera.

COMO DOAR

Para ser um doador de sangue é muito simples, basta ter entre 16 a 69 anos (Sendo menor de 18 anos, vir acompanhado do responsável. Doações até 69 anos é permitido caso você tenha feito doações durante a vida antes dos 60 anos. Caso contrário por lei, se limita doações aos 60 anos); tomar café da manhã, porém não almoçar; estar saudável; pesar acima de 50kg; apresentar documento com foto (RG ou Habilitação) e o Cartão Nacional do Sistema Único de Saúde (CNS); tatuagem, piercing ou maquiagem definitiva, o tempo de aptidão é de um ano.

QUEM NÃO PODE DOAR?

Pacientes que tiveram hepatite após os 11 anos de idade; suspeita ou evidência clínica/laboratorial de Hepatites B e C, do vírus da imunodeficiência humana (HIV), do vírus T-linfotrópico humano I e II (HTLV) (da mesma família do HIV, o HTLV atinge os linfócitos T, as células de defesa do organismo) e doença de Chagas e quem faz uso de drogas ilícitas injetáveis. O agendamento deve ser feito pelo telefone (19)3446-6115.  O atendimento é de segunda a sexta-feira das 7h às 14h e aos sábados das 7h às 11h.

 

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