O Loteamento do Jardim Primavera vem sendo alvo constante de críticas pela demora na liberação dos imóveis e possíveis erros no projeto. Desde julho, após reunião na Câmara, os moradores aguardam a liberação do Habite-se. Nesta semana, a Prefeitura informou que um termo de compromisso permitirá que o município emita o documento para compradores de cerca de 580 imóveis, entretanto, será dividida em duas etapas e com algumas condições impostas pelo município.

O termo foi assinado pelo prefeito Mario Botion e pelo proprietário da construtora, João Evangelista de Carvalho Filho. Os prazos foram estabelecidos em encontro ocorrido recentemente no Edifício Prada, e reuniu secretários municipais, vereadores, responsáveis pela construtora e inúmeras pessoas que compraram o imóvel da Cataguá. Durante a reunião ocorrida na Prefeitura, a Cataguá se comprometeu em concluir as obras de acessos ao novo bairro ainda em dezembro, como uma rotatória e um dispositivo de retorno. 

Em agosto, durante reunião na Câmara, a munícipe Elaine Damiana dos Santos falou sobre a comissão formada pelos compradores e o atendimento da Cataguá. "Como clientes não tínhamos respostas, apenas respostas vagas em e-mails. Nosso objetivo é ter mais informações a respeito da obra. Os únicos inocentes nessa história somos nós porque infelizmente pegamos uma empresa que não está honrando seus compromissos perante os clientes. Precisou os moradores vir até a Câmara Municipal para ter voz e corrigir uma coisa que não deveria ter tido", disse. 

“A partir de trâmites burocráticos que envolvem o município e a empresa, o habite-se dos módulos 1 e 2 do empreendimento serão expedidos até o dia 15 deste mês. Para que a liberação ocorra, a construtora havia se comprometido a buscar um termo de garantia de obra, por meio de carta fiança bancária com valor previsto para o término dos serviços. Esse documento foi apresentado pela empresa nesta segunda-feira (12)”, garantiu a Prefeitura.

A Cataguá se comprometeu em concluir as obras de acessos ao novo bairro ainda em dezembro, como uma rotatória e um dispositivo de retorno. Essa providência indica a possibilidade de liberação por parte da Prefeitura do habite-se dos módulos 3 e 4 até o final deste mês. A empresa mencionou, porém, possível atraso de alguns dias caso o fator chuvoso venha a afetar o andamento das obras. O termo de compromisso fixou ainda a execução de pendências de serviços viários, como a implantação do prolongamento da Via Guilherme Dibbern até o empreendimento. 

Em julho, a Comissão de Obras da Câmara chegou a fazer uma moção de protesto contra a Caixa Econômica Federal e a Cataguá. A proposta de moção apontou as irregularidades no empreendimento. O colegiado determinou que constasse em ata a ocorrência de “possível conduta delituosa referente à liberação de verba federal junto da Caixa Econômica Federal para o empreendimento, conduzido pela empresa”.