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Vacinação em dia ajuda no combate à covid-19

O número de pessoas infectadas pela covid-19 aumentou em algumas regiões do Brasil, porém, os casos apresentam baixa gravidade que em ocorrências anteriores. A maioria dos pacientes que chegam aos hospitais registra menor gravidade no quadro.

"Neste cenário, o calendário vacinal completo é a melhor alternativa, principalmente em pacientes com comorbidade", a avaliação é do médico infectologista Dr. Cláudio Penido Campos Júnior, do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica. 

Coordenador do Serviço de Controle de Infecção do Hospital São Francisco, localizado em Ribeirão Preto, o médico recomenda o uso de máscaras em situações de aglomeração.

"Cresceu a frequência de novos casos. Mas, até o momento, isso não tem repercutido nas internações e na gravidade dos pacientes", afirma o médico, que é doutor em Saúde Pública pela USP de Ribeirão Preto.

"Vivemos algo parecido com os países do Hemisfério Norte diante das sub-variantes. A nova onda tende a ser menos impactante na demanda por internação e na gravidade do estado dos pacientes", relata o médico.

A biologia dos vírus, como o da covid, é de perpetuação, com infecções mais leves com o passar do tempo. A vacinação em massa contribuiu para um impacto menor, mesmo com as variantes. "As vacinas disponíveis hoje no país são menos efetivas com relação à infecção, mas seguem importantes", relata o médico. "Elas reduzem o risco de uma doença mais grave".

A alta nos registros está relacionada a dois fatores, e um deles são as novas variantes da doença. "Houve ainda um aumento da busca por testagem, e aí as estatísticas tendem a crescer. Porém, isso não deve ser visto com espanto pelas pessoas", conta Dr. Cláudio.

Calendário vacinal completo

Os médicos estão aguardando uma atualização da vacina contra a covid, mas isso não deve servir de justificativa para eventuais atrasos. "Enquanto a vacina atualizada não chega, as pessoas que não têm o seu ciclo completo, que são as duas doses iniciais e os dois reforços, precisam completar o seu calendário vacinal", orienta o médico.

Para o Dr. Cláudio, é natural também que retorne o debate sobre o uso obrigatório – ou não – de máscara. "Acredito que em locais fechados onde há a previsão de aglomeração de pessoas, o uso da máscara é muito importante. Um exemplo é o transporte público. Se há metrôs e ônibus lotados, então o uso da máscara é recomendado", afirma.

Paciente com comorbidades são os mais afetados. "Vimos que são essas pessoas que têm adoecido e precisam de cuidados hospitalares. O uso de máscara ajudará, principalmente, quem tem comorbidades ou alguma doença que diminui o sistema de defesa", esclarece.

 

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