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Acampamento em frente ao TG de Limeira é desmontado

Desde novembro, após o resultado das Eleições, um grupo de pessoas se reunia diariamente em uma estrutura montada no Tiro de Guerra de Limeira. No local, as manifestações ocorriam de forma pacífica e reunia familiares e limeirenses que eram contrários à decisão das urnas, que elegeu o presidente Lula (PT) no segundo turno.  

O acampamento chegou ao fim nesta segunda-feira (09), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a dissolução, em 24 horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos quartéis generais e unidades militares, a desocupação de vias e prédios públicos em todo o território nacional e a apreensão de ônibus que trouxeram manifestantes para o Distrito Federal.

As medidas foram tomadas após pedidos da Advocacia-Geral da União (AGU), do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, diante da prática dos atos ocorridos em Brasília neste domingo, quando manifestantes invadiram os prédios do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

Segundo o ministro, todos os envolvidos serão responsabilizados civil, política e criminalmente. Ele destacou também que o comportamento dos envolvidos nos fatos ocorridos neste domingo não se confunde com o direito de reunião ou livre manifestação de expressão. Moraes determinou ainda a proibição imediata, até o dia 31 de janeiro, de ingresso de quaisquer ônibus e caminhões com manifestantes no Distrito Federal.

LIMEIRENSES PARTICIPARAM DE ATOS

Sem citar nome, um dos integrantes que participava das manifestações do Tiro de Guerra em Limeira informou que há limeirenses detidos em Brasília após participarem dos atos. Segundo ele, um grupo infiltrado cometeu as ações de depredação nos prédios. “Tem pessoas de Limeira que estão detidas em Brasília. Aquilo é um campo de concentração. Vamos aguardar eles chegarem pra ver o que realmente aconteceu. Se faz um julgamento prévio, não sabe o que aconteceu e nem o que estava acontecendo e fazem um julgamento público”, disse.

No domingo à noite, o trecho da Anhanguera (SP-330) em Limeira foi bloqueado por manifestantes e liberado na madrugada de segunda-feira (9). Nas redes sociais, Limeira foi assunto nacional no Twitter após ser a primeira cidade a realizar manifestações em rodovias. Foram mais de 4 mil publicações ao longo do dia. Também foram citadas possíveis participações de limeirenses nas manifestações de Brasília.

PREFEITO DETERMINA FECHAMENTO DE ESPAÇOS PÚBLICOS

O prefeito Mario Botion enviou uma nota “lamentando profundamente os acontecimentos registrados no domingo (8), em Brasília, e que resultaram na depredação e destruição da sede dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”.

Segundo a nota, dentro de suas prerrogativas, determinou ainda que a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Civil, em especial a Guarda Civil Municipal (GCM), “exerça vigilância contra incidentes que eventualmente venham a ocorrer em prédios públicos do município, isso incluindo os três Poderes”, informa.

Botion ressaltou que não é contrário a protestos de tom pacífico e democrático, mas não concorda e condena situações extremistas.

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