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Poeta lançará dois livros com renda revertida a instituições

Formado em Administração de Empresas, Hilário Fernandes escrevia poesias apenas para a filha, Bárbara, que é portadora de síndrome de down. Agora, ele está lançando dois livros de poesia - O primeiro, infantil, chamado “Borboletas Coloridas”, e o segundo, sobre religião, intitulado “Fé, Prosa e Poesia”. Ambos os livros serão lançados no próximo dia 21, às 16h, na Câmara Municipal de Limeira, cuja renda de arrecadação será doada inteiramente às instituições Associação de Reabilitação Infantil de Limeira (ARIL) e Associação de Pais e Amigos do Excepcionais (APAE).

Em conversa com a Gazeta, Hilário relata que tinha um total de 60 poesias prontas, e que, em 2018, numa conversa com um amigo, o também poeta Carlos Alberto Fiore, veio o convite para participar de um sarau, onde Hilário expusera suas poesias. Foi quando ele começou a escrever assiduamente, até coletar 90 delas. Com isso, Hilário está publicando dois livros, e ambos estão com os lançamentos marcados para o próximo dia 21, às 16h, na Câmara Municipal de Limeira.

Hilário revela que “Borboletas Coloridas” surgiu primeiro como música, mas que mudou de ideia durante uma madrugada, quando se lembrou que havia levado sua filha a uma escola e a viu com o nariz pintado. Então, lhe veio à mente “Ser criança é ser feliz, ser criança é pintar o nariz”, que acabou virando música.

“Foi exatamente no dia 02 de março de 2021, eu estava levando a minha filha para uma aula em uma escola de atividades circenses. No mesmo momento, ouvi sobre uma tragédia que havia acontecido em Itapira, onde uma mãe que matou uma ‘criancinha’ e a jogou no rio. Instantaneamente me veio a letra da música, na hora em que minha filha desceu do carro”, diz o poeta.

O caso o qual Hilário se refere é o da menina Ísis Helena morta pela mãe que alegou ter a jogado no rio porque teria se desesperado ao notar que a menina tinha morrido engasgada com leite. A criança tinha 1 anos e 10 meses à época. A mãe foi encontrada morta, meses depois, na Penitenciária de Tremembé.

Para evitar perder uma ideia, o poeta conta de forma humorada que quando “palavras vêm à mente”, é necessário parar, seja lá o que estiver fazendo, e escrever, mas nem sempre dá certo, como ele nos relatou.

“Quando vem alguma coisa na mente, eu preciso escrever aquilo de forma rápida, senão me perco. Eu estava no meio de uma caminhada durante uma na noite, quando, de repente, me veio uma palavra na cabeça, que renderia mais um poema, e como estava impossibilitado de anotar, acabei perdendo e agora não consigo me lembrar qual foi a ‘palavra-chave’ daquele momento, para que eu escrevesse. Perdi (risos)”, diz Hilário.

Os livros estão atualmente em pré-venda. Para adquiri-los, ou para mais informações, ligue para (19) 3444-1067.

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