A maioria das pessoas tem um ou uma cardiologista para chamar de "seu/sua". Proponho que passem a ter um (a) pneumologista para chamar de "seu/sua". E aponto algumas razões para isso.

Quando surgem sintomas como falta de ar, tosse constante, cansaço sem esforço, infecções respiratórias frequentes, dor ou chiado no peito, rouquidão, presença de sangue no escarro, o pneumologista pode diagnosticar e tratar a causa destes problemas. Mas, pensando preventivamente, ele pode avaliar a saúde do seu aparelho respiratório e, às vezes, encontrar doenças que ainda não se manifestaram com sintomas de alarme.

A avaliação médica começa com a obtenção da história clínica do paciente. Dados que, à primeira vista, não têm relação com seus pulmões podem ser pistas muito importantes para o diagnóstico de uma doença. Podemos citar sua profissão, os remédios que você toma regularmente, suas condições de moradia e animais de estimação, entre outros. Portanto, todas as informações fornecidas são importantes.

O exame físico do paciente é a sequência da consulta. Após esta etapa, o médico elaborará algumas hipóteses diagnósticas, no caso de doença, ou concluirá que tudo está bem. Exames complementares poderão ser solicitados para confirmar ou afastar uma hipótese de doença ou consolidar que está tudo bem.

A rotina do pneumologista inclui, entre os exames mais solicitados, os de imagem, como o radiograma do tórax, mais conhecido com RX de tórax e tomografia computadorizada (TC). A TC é o segundo mais importante exame de imagem do tórax. Já a ressonância magnética do tórax é menos usada, exceto quando é necessária a visualização detalhada do coração e dos grandes vasos sanguíneos.

Já a asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC – bronquite crônica e enfisema pulmonar) são doenças que atingem grande parte da população mundial. No diagnóstico e acompanhamento do tratamento destas doenças, as provas de função pulmonar, como a espirometria, são cruciais.

Quando necessárias a inspeção e obtenção de material das vias aéreas inferiores (brônquios e pulmões), realiza-se a broncoscopia, que já é um exame comumente realizado em ambiente hospitalar.

Outros exames importantes são a cintilografia, no diagnóstico da embolia pulmonar; e a análise do escarro, primordial para diagnosticar tuberculose.

A saúde dos pulmões, do coração, dos rins, enfim, a nossa saúde está intimamente ligada ao nosso estilo de vida. Boa saúde não é apenas a ausência de doença ou enfermidade, é um estado de completo bem-estar físico, mental e social.

E como consegui-la? Ter uma dieta equilibrada, fazer exercícios regulares, evitar tabaco e drogas, e descansar bastante.

Dr. João Carlos Rodrigues de Almeida

Médico Pneumologista do grupo Hapvida NotreDame Intermédica