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Câmara vai lançar aplicativo para viabilizar demandas da população

Uma pesquisa divulgada pelo Observatório Social do Brasil – Limeira e que foi um dos assuntos debatidos na primeira sessão ordinária da Câmara de Limeira, mostra a pouca participação dos limeirenses na política. Segundo o presidente do Conselho de Administração do OSB-Limeira, Luciano Faber, que ocupou a Tribuna Livre da Câmara na última segunda-feira (6), 70% da população não acompanha o trabalho dos vereadores.  

“As sessões estão vazias. Impossível não se indignar. 70% da população não acompanha o trabalho dos vereadores. A sociedade precisa se aproximar do poder público. O esforço deve ser feito em via de mão dupla. Indignar-se é importante, mas atitude é fundamental”, destacou Faber. 

A pesquisa foi divulgada em 2021 e na época a Gazeta destacou que na faixa etária de 14 a 29 anos, apenas 23,4% disseram que já estiveram na Câmara alguma vez. E do grupo de entrevistados com ensino superior completo, somente 33,3% afirmaram que já foram à Casa por algum motivo. Além disso, 60,6% responderam que nunca acompanharam qualquer sessão legislativa, seja presencialmente ou por transmissão via rádio, internet ou TV Câmara. 

Em entrevista para a Gazeta, o presidente da Câmara, Everton Ferreira, destacou que a nova Mesa Diretora está empenhada em que haja mais participação popular na Câmara. “Para isso vamos tomar várias medidas, entre elas tornar as sessões mais interativas, mais breves, mais enxutas e objetivas. Outro ponto é tornar os espaços da Câmara mais convidativos”, destacou. 

Com exclusividade, Everton destacou que a Câmara lançará em março o “App Cidadão”. “Neste aplicativo para aparelhos móveis, a população vai poder tirar uma foto de um buraco na rua, de um terreno com mato alto e mandar direto no e-mail do vereador. Ele poderá escolher para qual parlamentar será enviado a demanda e o registro deverá conter informações necessárias, tais como o endereço e georreferenciamento.  Através deste email, o vereador poderá realizar diretamente uma indicação ou requerimento”, destaca. 

No app, o limeirense também vai conseguir visualizar todo o trabalho legislativo dos vereadores em requerimentos, indicações e projetos, assim como a prestação de contas da Câmara. “Essa é uma das ferramentas para aproximar a população dos trabalhos legislativos. Lembrando ao cidadão que tudo o que o cerca é política, desde a compra de um litro de leite ao abastecimento do carro. Todo o tributo dessa compra e a taxa de imposto é política. Não tem como o cidadão se distanciar da política, pois as decisões no ambiente que o cerca o afetam direta ou indiretamente”, disse. 

OSB-Limeira destaca avanços e pede mais participação popular 

Falando em nome dos mais de 100 voluntários da instituição, que completará seis anos de fundação em 2023, Faber abriu seu pronunciamento na Câmara lembrando que o OSB-Limeira é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, democrática, apartidária e técnica. 

Na abertura das atividades legislativas deste ano, ele lembrou aos 21 vereadores que foram eleitos em outubro de 2020 como representantes da população para fiscalizar as ações do Executivo e legislar ativamente nas mais diversas necessidades de todos os munícipes. “A vereança é transitória, existe para servir a população”, destacou. “Ao final dessa legislatura, em 31 de dezembro de 2024, quais serão os legados individuais dos nossos vereadores e por quais ações desejarão ser lembrados?”. 

O presidente do OSB-Limeira também apresentou informações sobre várias atividades que vêm sendo desenvolvidas pela instituição junto à Câmara Municipal. Entre elas, o acompanhamento das ações referentes ao Termo de Compromisso com Limeira. 

“Alguns gabinetes estão implementando diferentes formas de comunicar os atos fiscalizatórios no site e nas redes sociais e os requerimentos e indicações estão mais detalhados”, pontuou Faber, que, no entanto, alertou que o incentivo ao uso do Serviço 156 continua sendo um grande desafio de todos os vereadores, “a fim de empoderar os munícipes na fiscalização ativa em suas comunidades”. 

Outro ponto positivo apresentado por Faber foi o fato do custo per capita da Câmara ter caído de R$ 78,00 para R$ 72,00 por cidadão anualmente, representando uma economia de mais de R$ 2,3 milhões aos cofres públicos. “Porém, ainda há espaço para maior eficiência em comparação a outras cidades do mesmo porte”, frisou.

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