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Campanha da Fraternidade faz apelo a comunhão e solidariedade no enfrentamento à fome

A Diocese de Limeira abriu oficialmente, nesta semana, a Campanha da Fraternidade (CF) 2023, com uma missa presidida pelo bispo diocesano, Dom José Roberto Fortes Palau. A celebração eucarística, que aconteceu na Paróquia São Paulo Apóstolo, em Limeira, contou com a presença de padres, seminaristas, autoridades políticas e toda a comunidade católica.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe à Igreja e a todos os homens e mulheres de boa vontade, pela 60ª vez, desde 1964, a Campanha da Fraternidade. No Brasil, a campanha é um modo de a igreja celebrar o tempo Quaresmal, com oração, jejum e caridade associado à reflexão e ação sobre um tema específico.

Expressão de comunhão, conversão e partilha, a Campanha desperta o espírito cristão e comunitário na busca do bem comum; educa para a vida em fraternidade e renova a consciência da responsabilidade de todos pela ação evangelizadora, em vista de uma sociedade de irmãos.

Convocando todos a considerar a fome como referência para reflexão e propósito de conversão, a Campanha da Fraternidade deste ano tem como tema “Fraternidade e Fome” e o lema bíblico, extraído de Mateus 14, 16: “Dai-lhe vós mesmo de comer!”.  Um dos objetivos é propor aos fieis um caminho de conversão para não ceder à cultura da indiferença frente ao sofrimento humano conforme pede o Papa Francisco.

O lema bíblico extraído do Evangelho de Mateus é uma convocação à toda a sociedade brasileira (pessoas, comunidades, instituições e instâncias em todos os níveis) à solidariedade com quem passa fome. As ações, vão do plano individual, como por exemplo evitar o desperdício de comida, à cobrança por políticas públicas de Estado de combate à fome.

“Quaresma é tempo da misericórdia de Deus”

Há seis décadas a Igreja no Brasil vive, no tempo Quaresmal, a Campanha da Fraternidade. O padre Benedito Tadeu Rosa, pároco e cura da Catedral Nossa Senhora das Dores de Limeira explica o Catecismo da Igreja Católica nos ensina que esse tempo de penitência quaresmal, em memória da morte do Senhor, é “particularmente apropriado aos exercícios espirituais, às peregrinações em sinal de penitência , às privações voluntárias como o jejum e a esmola , à partilha fraterna “( CIC 1438), como forma de preparar o coração para se viver disponível à misericórdia de Deus.

“O jejum e a esmola, sempre associados à oração, são sinais sensíveis da graça de Deus em nossa vida. Essas práticas devem fazer parte da vida de todo cristão, além do período da Quaresma, pois exprimem a conversão em relação a si mesmo, ao próximo e sobretudo, a Deus que tudo nos proporciona, mas antes espera que o peçamos em oração”, disse.

Tanto o jejum quanto a esmola deve ser um ato de solidariedade, de modo que o valor dos bens sobrenaturais seja absoluto, em detrimento dos bens materiais. “Jejuar é um ato de liberdade e entrega a Deus; remédio contra o egoísmo e a autossuficiência, capaz de abrir-nos a Deus e ao próximo necessitado, é, portanto, ato e fonte de misericórdia”, explica.

Para ele, a Quaresma deve ser, de fato, um tempo de reflexão e conversão, levando-nos a compreender que sem Deus nada somos, nada podemos. “Como dizia Santa Terezinha, devemos ter a “ disposição do coração que faz que sejamos pequenos e humildes nos braços de Deus, reconhecendo a nossa fraqueza e confiando até à audácia na sua bondade de Pai”. Apenas isso nos basta para vivermos esse tempo da misericórdia de Deus”, ressalva.

 

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