Foto de capa da notícia

Padre da Diocese de Limeira relata experiências missionárias na Amazônia

280 entre leigos, religiosos, diáconos, seminaristas, sacerdotes e bispos dos 19 Regionais que fazem parte da Igreja do Brasil estiveram representados na experiência missionária na Amazônia em janeiro, inserida no contexto do 3º Ano Vocacional em curso no país. Padre Alexandre Favretto, da diocese de Limeira, compartilhou suas impressões desta "grande riqueza eclesial" com o Vatican News.

"Vou voltar lá, e quero voltar quantas vezes for necessário". Padre Alexandre Boratti Favretto, da Diocese de Limeira, não pensa duas vezes ao responder a pergunta se repetiria a experiência missionária enriquecedora na Amazônia realizada em janeiro e que reuniu 280 seminaristas, sacerdotes e bispos de várias dioceses do Brasil. Uma iniciativa missionária denominada "Pés a caminho" que está em sintonia com a reflexão do IV Congresso Missionário Nacional de Seminaristas, que abordou a questão da missão, a missão ad gentes e a questão do paradigma da missão relacionando-o com o processo de formação presbiteral.

Oriundo de um ambiente urbano, o sacerdote ficou literalmente maravilhado com uma realidade que lhe era até então desconhecida na prática, visto ter tido contato com ela de forma teórica durante o Sínodo da Amazônia, da qual participou. Agora, pode então "somar essas duas experiências, e agora espero também continuar contribuindo nessa dimensão eclesial aqui no Brasil."

De fato, "todo mundo estava ali querendo somar com a experiência da Igreja da Amazônia com a sua experiência regional. Então todo mundo ali, eu posso dizer, que teve esse olhar, vamos dizer assim, de aprender, de aprender também como ser Igreja, a partir da experiência da Igreja na Amazônia, uma experiência comunitária, uma experiência muito fraterna, muito evangélica."

E se a ideia era "levar alguma coisa", a constatação é que "na verdade a gente foi receber", constata Pe. Alexandre, após as ricas experiências com a população visitada. Prova disso, foi a preparação sobretudo para ser uma "visita com escuta". E de fato, a visita do seminarista, do sacerdote, é interpretada como "uma presença do sagrado" pela população, o que propicia a riqueza de tantos encontros vividos nas casas e igreja flutuantes, ou mesmo selva adentro.

Entre as tantas imagens marcou, em particular, a desenvoltura de um menino, que pela empolgação em falar, acabou dando a conhecer a realidade da comunidade em que vivia, incluinda a vida de Igreja. "Olha - recomentou o padre aos avós do menino - ele é tão esperto e gosta tanto de vida de igreja, de contar, quem sabe às vezes não vai pro seminário, vai inspirando ele".

Marcante também o testemunho de uma senhora acamada há 9 anos: “Eu tenho vida, qualquer vida é melhor que nenhuma. Eu vivo, eu tenho vida”. Uma frase vinda de alguém naquela situação, que levou padre Alexandre a comentar com o bispo que o acompanhava: "Ela acabou de fazer teologia, teologia pura, vivencial, experencial de Deus”.

Enfim, uma experiência que areja, renova o ministério, anima e entusiasma: "Quanta Unção dos Enfermos, quanta Missa!", recorda o sacerdote. "Teve uma comunidade lá que eu rezei Missa que eles disseram que praticamente nunca tiveram, porque são núcleos, então ali não costuma ter. Então emociona a gente."

Comentários

Compartilhe esta notícia

Faça login para participar dos comentários

Fazer Login