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Greve dos servidores tem maior impacto na Educação

 

 

Paralisação se mantém nesta terça-feira com assembleia marcada para as 8h, em frente ao Paço

 

 

Os servidores municipais de Limeira iniciaram a semana em greve. Anunciada desde a última semana, após assembleia da categoria, a paralisação mobilizou cerca de 1 mil servidores em frente ao Paço Municipal na manhã de ontem. Destes, maior parte envolvidos nos servidores da Secretaria de Educação, setor com maior impacto.

A paralisação continua hoje uma vez que, segundo o Sindicato dos Servidores municipais de Limeira (Sindsel) não houve avanços na negociação. O ato foi unificado, ou seja, contou com a presença da Apeoesp e Sinde-Guarda, três entidades de representação. Uma assembleia foi marcada para as 8h, em frente ao Paço Municipal.

Balanço do Sindsel, informou que 75% dos que aderiram à greve ontem eram monitores, do magistério e merendeiras. Ou seja, maioria ligada diretamente à Educação. Também houve significativa adesão de auxiliares gerais. Outros servidores de setores como TI, Comunicação, área social e obras, também aderiram.

De reajuste, os servidores buscam 9,60% para categoria geral, enquanto que, para os professores o pedido é que se cumpra o piso nacional. Outra pauta levantada pelo sindicato é o Vale-Alimentação para todos, entre outras demandas.

Ainda pela manhã, os servidores realizaram uma assembleia e, por ela, definiram seguir com a greve nesta terça-feira. Os sindicatos pediram nova mesa de negociação.

Por meio das redes sociais, algumas escolas do município passaram a orientar aos pais sobre a suspensão de aulas nesta terça-feira.

Na noite de ontem, os servidores também se reuniram na Câmara Municipal de Limeira com objetivo de se posicionarem aos vereadores e conscientizarem sobre a pauta de reinvindicações.

PROPOSTA

 

Por meio de nota, o Executivo Municipal informou que propõe 8% de reajuste salarial para todo o funcionalismo (2,4% de aumento real); 13,45% aos professores (o que iguala ao piso nacional da categoria);  aumento de 20% no vale alimentação (de R$ 500 para R$ 600) e inclusão de mais funcionários com direito de receber o benefício (hoje recebe quem ganha 2,5 pisos, com a proposta, passa para 3 pisos - o que corresponderá a 4.632 servidores); monitores terão em julho mais 20% de aumento, índice que se aplicará sobre o reajuste de 8%;  em 2024, 2% de ganho real de aumento, além do índice do IPCA.

O prefeito Mario Botion disse que espera um acordo até hoje com o sindicato nesses patamares apresentados pela Prefeitura. "Sem o acordo nas condições que estamos oferecendo, nos sentiremos no direito de suspender as negociações e, dessa forma, voltar à estaca zero", declarou.

 

Foto Sindsel
Greve teve maior impacto na educação; servidores voltam a se reunir hoje

 

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“Ameaçar servidor público, é voltar à ditadura”

 

“Ameaçar servidor público, se não aceitar perde tudo, é voltar à ditadura. Isso que Botion fez é grave e essa Casa precisa repudiar e buscar acordo”, disse Nicinha Lopes, diretora do Sindsel durante o uso da tribuna, na noite de ontem, na Câmara de Limeira.

A fala é em relação ao anúncio, feito ontem, de que a Prefeitura manterá somente até hoje as propostas já ofertadas. Nicinha destacou as demandas dos servidores aos vereadores, em especial o vale-alimentação para toda categoria. “Defendemos que todos possam avançar”.

Ela também ressaltou ainda a importância da união de mulheres, servidores e vereadores em dialogar com o chefe do Executivo. “Não sou eu quem decide se iremos assinar o acordo e, sim, a categoria. Pedimos que se reabram as negociações”, finalizou. (Cintia Ferreira)

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