Dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) apontam que as mulheres com carteira assinada somam 736.473 de um total de 3.056.837 trabalhadores na indústria de São Paulo. No levantamento da Fiesp, este número indica que 24% da mão de obra formal total é composta por mulheres. Apesar do índice, o protagonismo na indústria paulista vem aumentando nos últimos anos. Elas também estão ocupando espaços tradicionalmente masculinos, desenvolvendo novas funções e assumindo cargos de liderança, num universo antes capitaneado apenas por homens.

Um exemplo de protagonismo no setor é o da Bruna Bin, coordenadora de Produção e Papel da Suzano, unidade de Limeira. A profissional conquistou uma vaga de estagiária na companhia em 2009 e, após a finalização do contrato de estágio, foi efetivada como Engenheira de Produção na mesma unidade. “Atuei como consultora de engenharia de produção papel. Depois, passei pela área de produtividade operacional (que atende a todas as unidades de papel) e, há um mês, estou exercendo a minha primeira experiência em cargo de liderança na coordenação da produção de papel Coater de Limeira”, explica Bruna.

Ana Luíza Miranda, desde dezembro 2021 ocupa o posto de supervisora de Meio Ambiente. Foi por meio de um dos programas de estágio da companhia que ela teve o contato com o setor. “Eu iniciei as minhas atividades profissionais na Suzano em 2017, como estagiária na área de Gestão Imobiliária. Foi um ano muito especial, pois aprendi e cresci dentro da empresa. No final do período de estágio fui contratada como engenheira da área de Meio Ambiente e, a partir de dezembro de 2021, tive a grata oportunidade de atuar como supervisora de Meio Ambiente na Unidade Limeira”, diz Ana Luíza.

Em fevereiro de 2023, a Suzano passou a ter mais de 250 colaboradoras, índice 70% maior do que o mesmo período de 2022. “Acreditamos em pessoas que inspiram e transformam, por isso investimos em programas de qualificação que contemplam também o ingresso de mulheres no setor florestal e industrial, seja em vagas efetivas, trainee ou estágio”, disse Roberta Cunha, analista de Gente e Gestão da Suzano.

De acordo com Bruna Bin, a diversidade e a inclusão é essencial para que cada vez mais mulheres conquistem seu espaço no mercado. “Na prática, um ambiente diverso é um terreno fértil para ideias novas e melhorias nos processos, além da clara contribuição para a nossa sociedade, pois é uma ferramenta para romper com preconceitos, que infelizmente ainda existem e atrapalham o desenvolvimento de muitas pessoas.”

Ana Luíza Miranda concorda. Para ela, a diversidade em uma empresa só traz benefícios, tanto para os negócios quanto para a sociedade.  “Empresas que valorizam as diferenças como a Suzano possibilitam mais oportunidades para que profissionais dialoguem, aprendam e compartilhem experiências, abrindo mais espaço para a cooperação e inovação. O aumento da diversidade também aprimora o senso de pertencimento, resultando em um time ainda mais engajado e comprometido”, finaliza.

A empresa destacou ainda que a sua meta de longo prazo é ter, até 2025, 30% de seus cargos de liderança ocupados por mulheres. A Suzano é a maior produtora mundial de celulose e uma das maiores produtoras de papel da América Latina. “A Suzano acredita que só é bom para nós se for bom para o mundo, e a igualdade de gênero é essencial para a construção de uma sociedade mais justa para todos nós. Por isso, no ano de 2018, um grupo de colaboradores e colaboradoras criou o Plural – um movimento que valoriza a diversidade, promove a inclusão de diversos púbicos (LGBTQIAP+, mulheres, pessoas negras, gerações e pessoas com deficiência) e assegura equidade de oportunidades para as mulheres que atuam na companhia”, conta Roberta.