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Psicóloga fala sobre o papel de ser mãe e mulher na sua individualidade

A busca pela perfeição, no processo de maternidade, é um dos desafios das mulheres nos dias atuais. A correria do cotidiano, que inclui muitas vezes o trabalho no lar e fora dele, gera desafios. Porém, a mulher não deve deixar de lado sua individualidade. O alerta é da psicóloga Elaine Souza, do grupo Hapvida NotreDame Intermédica. Ela considera importante avaliar historicamente o que significam os termos “mãe suficientemente boa”, além de inserir o debate nos dias atuais.

O conjunto de desafios vividos pela mulher nos dias atuais gera dúvidas e cobranças. Por isso, segundo a psicóloga, a avaliação dos cenários é importante. “Sabemos que a maternidade costuma gerar muitas expectativas para as mulheres e para as mães. E é necessário entender quais são essas expectativas e quais são as necessidades emocionais que estão envolvidas dentro desse processo”, afirma.

A compreensão das ações envolvidas garante bons resultados para mãe e criança. “O entendimento dessas necessidades emocionais favorece um vínculo mais sólido entre eles. As mulheres tendem a criar uma idealização e buscar uma perfeição, dentro da maternidade. Mas será que esse é o objetivo? Essa pergunta precisamos nos fazer”, declara Elaine.

A questão parece mais recente. Porém, há um aspecto histórico nela, que vem de quase 80 anos. Em 1949, ao fazer uma palestra para mães, o médico pediatra, psiquiatra e psicanalista inglês Donald Winnicott surge com o conceito “mãe suficientemente boa”. Em suas entrevistas, Winnicott também não esconde que parte das dúvidas vem da idealização procurada também por quem aborda a questão, em áreas como ensino e comunicação.

FALHA É NATURAL

“É bom entender o que este conceito quer nos dizer. Winnicott defende que a mãe precisa entrar em contato com esse propósito de oferecer os cuidados necessários à criança, mas, ao mesmo tempo, ela não pode perder o contato consigo, ela não pode perder a sua individualidade”, relata a psicóloga.

O entendimento desse processo será importante para a mulher, avalia Elaine. “Mesmo a mãe ‘suficientemente boa’ precisa entender que ela vai falhar no percurso também. Reconhecendo esta falha e entendendo que é natural falhar durante o seu processo com a maternidade, a mulher pode corrigir dali em diante, e que está tudo bem isso ocorrer”, diz a psicóloga. A ajuda de profissionais da Saúde é necessária neste entendimento.

 

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