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Sindicatos rejeitam proposta e chamam servidores à paralisação

Foi realizada na tarde de ontem (7) a reunião da Mesa de Negociação extraordinária convocada pela Prefeitura de Limeira após o Estado de Greve protocolado pelos servidores. Após o encontro, tanto o Sindsel, quanto a Apeoesp e Sinde-Guarda, manifestaram descontentamento com o índice proposto: 5,77% e saíram da reunião chamando a categoria para a paralisação na próxima segunda-feira, dia 13. O ato ocorre no Paço Municipal a partir das 07h30.

“A gestão não trouxe propostas dignas à categoria, desrespeitando as reivindicações pautadas pelos trabalhadores e trabalhadoras. O Governo Botion ofereceu uma proposta de 5,77% de reajuste usando a desculpa de que o município só tem capacidade de conceder como reajuste salarial o valor do IPCA, sendo o mesmo índice proposto para reajuste no Vale-Alimentação”, cita o Sindsel.

As entidades consideram a proposta como desrespeito com os trabalhadores, “pois desde o início da Campanha Salarial priorizamos o diálogo e reivindicamos 15% de reajuste, sabendo que o município é capaz de arcar com essas despesas, visto que o orçamento cresceu 16% e o gasto com folha atualmente encontra-se com percentual de 40,82%, sendo que o limite legal é de 54%”, ressaltou o Sindsel.

A Apeoesp também declarou que o valor está muito aquém do solicitado e destacou que é necessário que o Governo ofereça um índice que, de fato, mostre valorização aos servidores públicos.

“O reajuste proposto não será capaz de cobrir nem mesmo o Piso Nacional do Magistério previsto em 14,95%”, destacam. Além disso, o Sindsel afirmou que não houve retorno para as demais demandas apresentadas.

A direção do Sindsel lastimou a convocação da mesa de negociação na véspera do dia Internacional de lutas pelos direitos das Mulheres, para apenas desmobilizar a paralisação prevista para hoje.  

“É inadmissível que após praticamente dois meses de análise da pauta de reivindicações o governo não avançar em nenhum ponto. Mais uma vez a gestão se mostra desumana frente às pautas sociais dos trabalhadores, sem apresentar proposta decente para a pauta de reivindicação. Isso é desrespeitar os trabalhadores que fazem o serviço público girar em nossa cidade, com péssimas condições de trabalho, faltando funcionários em unidades, ocasionando sobrecarga, doenças e desmotivação nos atuais servidores. Basta de descaso conosco” diz Nicinha Lopes, diretora do Sindsel e presidenta da FETAM-SP.

A Apeoesp informou que realizaria uma assembleia na noite de ontem para colocar os profissionais a par da situação apresentada, mas que está em acordo com o Sindsel na paralisação.

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