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Afastamentos por saúde mental crescem 65% na educação

 

 

Maior parte dos afastamentos está entre os monitores; números respondem pedido de vereadora

 

 

O número de profissionais de Educação da rede municipal que solicitaram afastamento devido a questões de saúde mental registram aumento de 65,5% em um ano. A categoria que mais solicitou esse tipo de afastamento é a de monitores. Os dados são da Prefeitura de Limeira e foram enviados à Câmara em resposta ao questionamento da vereadora Mariana Calsa (PL).

O questionamento foi apresentado em fevereiro deste ano. Nele, a parlamentar explica que a saúde mental dos profissionais de ensino, principalmente aqueles presentes em sala de aula, tem se tornado um assunto cada vez mais relevante. “No período grave da pandemia, isto se tornou uma questão evidente e transparente para toda a sociedade. Este requerimento pretende entender, em números, o tamanho da gravidade do problema e poder, a partir dos resultados, elaborar e discutir resoluções a estas questões”, citou Mariana.

De acordo com dados enviados, em 2021 ocorreram 337 afastamentos por essa razão. A categoria que mais se afastou foram os monitores com 129. Foram 74 pedidos de auxiliares de serviços gerais. Merendeiros, com 32 pedidos, e professores do ensino fundamental, com 30 pedidos de afastamento, também têm um número relevante.

No ano seguinte, 2022, o número de afastamentos saltou para 558, representando alta de 65,5%. Os monitores continuam liderando o número de pedidos com 199. Os auxiliares de serviços gerais representam com 115 pedidos. 51 afastamentos foram entre merendeiros e 43 de professores de ensino fundamental, seguido pelas demais categorias.

QUANTIDADE DE DIAS

A Secretaria Municipal de Administração também detalhou a quantidade de dias impactados com esses afastamentos. Em 2021, foram 1.967 dias, enquanto que, em 2022, 2.842. Acréscimo de 44%.

Na resposta, a Secretaria salienta que o relatório foi emitido com atestados médicos recebidos pela Medicina do Trabalho a partir de um dia.

SOBRECARGA

A Gazeta mostrou no início do mês de março a falta de professores e também de monitores nas escolas da rede municipal de ensino. De acordo com as entidades que representam esses profissionais, o pedido era por celeridade na contratação de novos trabalhadores e na realização de concursos.

Durante toda a campanha salarial, tanto o Sindsel quanto a Apeoesp destacam a sobrecarga que ocorre dentro das unidades de ensino e colocaram, entre os itens no debate, a necessidade de contratações.

 

Foto Rovena Rosa/ Agência Brasil
Dados mostram impacto da saúde mental dos profissionais da Educação em Limeira

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