Na primeira edição, em 17 de maio de 1931, a primeira página da Gazeta de Limeira estampava a visita do General Izidoro Dias Lopes e dos Tenentes João Alberto e Miguel Costa na cidade. Com depoimentos dos que acompanharam a criação do novo jornal, a matéria mostra que sua fundação teve como objetivo defender o Partido Constitucionalista (PC) na cidade e apoiar os ideais que culminaram com a Revolução de 32. 

No acervo da Gazeta, que consta com centenas de edições, Maria Thereza Silveira de Barros Camargo, que foi prefeita de Limeira e deputada estadual e o advogado Octavio Lopes Castello Branco teriam orientado e financiado a criação da Gazeta, embora não tenham constado oficialmente. 

Também aparecem os nomes de Mário Sampaio Martins, J. Vitorino e Álvaro Corrêa, que foi o primeiro diretor até 1938. Octavio Lopes Castello Branco foi seu primeiro redator. Em 1945, a Gazeta de Limeira Sociedade Anônima passou a ser administrada e constituída por João de Sousa Ferraz, Álvaro Corrêa e diversos acionistas. 

Desde 1938, João de Sousa Ferraz, que era professor, psicólogo, jornalista e escritor também exercia o cargo de redator do jornal. Moacir de Campos chefiava as oficinas onde a impressora era movida com força braçal e o jornal, que tinha quatro páginas, saía três vezes por semana. 

No final de 1939 as edições voltaram a ser bissemanal e em 1945 inicia uma fase de diário, a qual durou até fevereiro de 1952, quando volta a duas edições por semana (quintas e domingos). Mais tarde, já na década de 70 volta a ser trisemanal, porém com circulação às terças, quintas e sábados. A condição de diário foi instituída em definitivo no início de 1980. 

A gráfica passou por diversas mudanças ao longo dos anos. Desde 2020, as edições são impressas em Rio Claro de forma terceirizada. Em 1950 entrou em funcionamento a primeira máquina linotipo da Gazeta, um marco na história gráfica do jornal, pois, utilizando chumbo derretido fundia as linhas do texto, antes montados letra por letra. O primeiro jornal impresso na linotipo homenageou o diretor Antônio Campos, falecido naquele dia. A linotipo foi instalada no novo prédio adquirido pela Gazeta, à Rua Senador Vergueiro, nº 319, imóvel que até hoje é a sede do jornal. 

Muitos nomes fizeram parte da história da Gazeta. Entre 1955 e 1961, tendo como redator o professor João Francisco Duarte, a Gazeta mudou seu editorial e agregou grandes nomes em seus artigos. O advogado Irineu José Lucato assume a redação no período de 1962 a 1965. Em outubro de 1965, Roberto Paulino de Araújo passa a redator da Gazeta de Limeira, cargo que exerceu até fevereiro de 1989. 

Por volta de 1977, a direção da Gazeta de Limeira passa a ser do advogado Waldemar Lucato, que já participava do jornal como colaborador desde a década de 50. Em 1990, o jornal adere a informatização, adquirindo uma impressora Nylon Print, que utiliza sistema a frio e textos saídos dos computadores. Também passa a assinar agências de notícias que fornecem assuntos e fotos nacionais e internacionais. Em outubro de 1995, a Gazeta introduz a cor em sua impressão, já feita em uma nova máquina, agora do tipo off set. 

Com a morte de Waldemar Lucato, em 21 de abril de 1996, assumiu a presidência da Gazeta seu filho Roberto Lucato e atualmente a Gazeta é administrada pela diretora Paola Almeida. Com mais de 40 funcionários em diversos setores como assinatura, classificados, publicidade, além do trabalho de jornalistas e diagramadores, o jornal tem circulação em Limeira, Cordeirópolis, Iracemápolis, Artur Nogueira e Engenheiro Coelho. Com alcance de cerca de 75 mil leitores diários e nas últimas décadas, ampliou ainda mais com a abrangência de notícias online. A credibilidade é atestada pelos leitores no www.gazetadelimeira.com.br e seguidores da Gazeta nas redes sociais. Apesar de tantas mudanças, o trabalho incansável resume a trajetória de 92 anos e a data é motivo de comemoração e gratidão da Gazeta pelos seus leitores, que pautam há nove décadas o conteúdo sério e confiável divulgado em suas páginas.