A pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP), comparou os mercados de venda e locação de casas e apartamentos em abril com os resultados obtidos em março. Segundo os dados, houve aumento de 68,27% nas vendas e alta de 28,70% no volume de contratos de locação assinados no período.

No segmento de vendas, o aumento foi de 62,5% em casas e 37,5% em apartamentos. Em locações, a maior fatia também foi no segmento de casas com 61,1% e de apartamentos 38,9%. Além de Limeira, a pesquisa abrange as cidades de Araras, Laranjal Paulista, Leme, Piracicaba, Rio Claro, Santa Cruz Da Conceição, Tiete e Vargem Grande do Sul.

Em entrevista para a Gazeta, José Augusto Viana Neto, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo destacou que com o aumento dos registros de carteira assinada, a classe C (média “baixa”) voltou a ter confiança para assumir os parcelamentos.

“A maioria das casas vendidas no período tinha valores até R$ 250 mil. Eram casas de dois dormitórios, com área útil variando de 51 a 100 m². Para os apartamentos, a faixa de preço preferida dos compradores ficou em até R$ 250 mil, para imóveis de 2 dormitórios e área útil de 51 até 100 m²”, destacou.

José Augusto também destacou que 78,3% das propriedades vendidas em abril estavam situadas na periferia, 13% nas áreas nobres e 8,7% nas áreas centrais. “Outro dado importante é que com relação às modalidades de venda, 15,6% foram financiadas pela CAIXA; 56,3% parceladas pelos proprietários; 3,1% financiadas por outros bancos e 25% dos negócios foram fechados à vista e 0% por consórcios”, afirma.

LOCAÇÕES EM ABRIL

A faixa de valor de aluguel preferida pelos inquilinos de casas na região de foi de até R$ 1.250,00. A maioria das casas locadas era de um dormitório com 50 a 100 m² de área útil. O valor de aluguel de apartamentos preferido também ficou na faixa de até R$ 1.250; para imóveis com até 3 dormitórios e área útil de 101 até 200 m²”, informa.

A principal garantia locatícia escolhida pelos locatários foi o fiador (75,8%). Os novos inquilinos optaram por imóveis situados na região central das cidades pesquisadas (28,5%), nos bairros da periferia (50%) e nas áreas nobres (21,4%). E daqueles que encerraram os contratos de locação, 75% não informaram o motivo da mudança; 5% se mudaram para imóveis com aluguel mais caro; e 20% para imóveis com aluguel mais barato.

Para o mês de maio, a expectativa de vendas de imóveis do presidente do CRECISP é que os números se mantenham positivos. “Com a queda da taxa de juros e a votação do projeto de Marco Fiscal, a tendência é que as vendas continuem positivas. O mercado começou a reagir desde o mês de março, já que os números também foram positivos. Outro ponto a ser destacado é que essa classe trabalhadora tem um certo receio em financiar já que as parcelas têm um período de até 15 anos, mas com a garantia de carteira assinada a tão sonhada casa própria acaba se tornando realidade”, disse.