A tireoide é uma das glândulas mais importantes para o organismo humano. Ela fica na região do pescoço e produz hormônios que são fundamentais para todas as etapas da vida. Por isso, especialistas reforçam as informações sobre a prevenção das doenças mais comuns ao órgão.  

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo (SBEM), estima-se que 15% da população do país sofra de algum distúrbio relacionado à tireoide, como a baixa ou a excessiva produção de hormônios.

"A tireoide está presente no desenvolvimento e crescimento da criança, no metabolismo, na função de diversos órgãos e na fertilidade. Alterações na produção hormonal podem desregular todo o corpo humano, trazendo consequências negativas", alerta a Dra. Alcilene Melo, médica endocrinologista do Hapvida NotreDame Intermédica.

Hipotireoidismo e hipertireoidismo são os registros de doenças mais comuns. Porém, as variações também provocam doenças autoimunes e até mesmo câncer. "Na redução da produção hormonal, há o hipotireoidismo e, na produção em excesso, o hipertireoidismo. Ambos prejudicam o organismo. A tireoide também pode aumentar de tamanho na forma de nódulos, que podem ser benignos ou malignos", afirma a médica.

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que o câncer de tireoide afeta três vezes mais as mulheres do que os homens. Se diagnosticado no estágio inicial, apresenta alto índice de cura. Por isso, consultas médicas regulares são recomendadas para facilitar o diagnóstico precoce.

Órgão essencial

Funções vitais do organismo estão relacionadas a essa glândula. "A tireoide regula todo o metabolismo. Ela controla os batimentos cardíacos, os movimentos peristálticos e a frequência de evacuações, a temperatura corporal, o humor, a memória e outras funções cognitivas. Por essa lista, podemos ver que é um órgão essencial para a nossa saúde e qualidade de vida", ressalta.

Grávidas e bebês merecem uma atenção especial, segundo a médica. "O hipotireoidismo na época da gestação pode causar alterações cognitivas irreversíveis se não tratado precocemente, além do risco de abortamento precoce", afirma Dra. Alcilene.

"A avaliação da gestante é extremamente importante para garantir a ingestão adequada de nutrientes que estimulem a produção hormonal, dando uma segurança gestacional até o momento do parto. Uma boa alimentação também é essencial para o bom funcionamento glandular", explica a médica.

Além da alimentação saudável, a prática de exercícios físicos é recomendável para todos os pacientes, bem como reduzir o tabagismo e o consumo de bebida alcoólica.